O Mestre que Serve

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Já que Nosso Senhor Jesus Cristo foi o exemplo supremo da verdadeira autoridade espiritual, vamos dar uma olhada em Sua vida e ensinamento. Quando Jesus andou pela Terra com Seus discípulos, Ele gastou uma grande parte do Seu tempo ensinando-os. Seus métodos de ensino eram variados e únicos. Comumente Ele os instruía através de ilustrações gráficas, além de palavras. Foi pouco antes da culminação de Seu trabalho na Terra, enquanto estavam reunidos comendo o que chamamos “a última ceia”, que Jesus escolheu fazer uma poderosa demonstração de autoridade a eles. A hora que Ele escolheu para esse ato, o verdadeiro clímax de Seu ministério, é evidência da tremenda importância que Ele atribuiu ao assunto.

Enquanto eles estavam comendo juntos, Jesus levantou-se da mesa, tirou Sua roupa de cima e cingiu-se com uma toalha. Ele se vestiu como um servo. Então prosseguiu executando a função do menor escravo – lavar os pés dos discípulos. Ali estava o Deus encarnado, o Criador do Universo. Aquele que tinha o direito de exercer toda a autoridade, agindo como um criado pessoal. Sem dúvida, Ele estava tentando transmitir uma mensagem muito importante. Ele estava assinalando, tão enfaticamente quanto podia, a verdadeira atitude e posição daqueles que exercem autoridade espiritual e liderança. Enquanto tomava esta atitude, Ele disse: “Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque Eu o sou. Ora, se Eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque Eu vos dei o exemplo para que, como Eu vos fiz, façais vós também” (João 13.13-15). Então Ele conclui Sua mensagem dizendo: “Se sabeis estas coisas, bem aventurados sois se as praticardes” (v.17).

Isto então nos revela a motivação Escriturística da verdadeira autoridade espiritual. Aqueles que são usados por Deus para transmitir Sua autoridade devem ser servos. Sua atitude e sua disposição não é para estabelecê-los como “alguém”, isto é, chefes e senhores, mas para tomarem a posição mais inferior. Eles devem usar seus dons divinos para servir aos outros em vez de se elevarem a si mesmos. As ações de Jesus são muito mais do que apenas a base para uma nova cerimônia de lava- pés na Igreja. Aqui nosso Instrutor Divino nos mostrou um tremendo princípio que governa todo o exercício de autoridade espiritual entre Seu povo.

O que isto significa em nossa experiência prática?  Significa que, quando Deus começa a usar alguém como um canal para Sua autoridade e, consequentemente, ele começa a ser elevado aos olhos das outras pessoas, ele próprio não tem interesse em ser assim elevado. Seu coração não está sintonizado em si próprio ou em algum tipo de “posição”, mas, ao contrário, está inclinado a servir ao próximo. Ele foi humilhado por “posição”, mas, ao contrario, está inclinado a servir ao próximo. Ele foi humilhado por Deus e então se tornou, em cada sentido da palavra, servo. A ambição de sua vida não é mais tornar-se “alguma coisa” na Igreja, mas levantar outros para ser o que Deus quer que eles sejam. O “Eu” não é mais a motivação. Ao contrário, o bem dos outros tornou-se a força dominante governando suas ações. Esta é a pessoa que realmente entendeu a mensagem de Deus e assim se tornou muito útil ao Seu reino. Por outro lado, se alguém não tem esta atitude no seu íntimo, então não está verdadeiramente qualificado para o ministério espiritual.

Aqueles que são realmente instrumentos de Deus não estão tentando “construir seu próprio ministério.” Sua motivação nunca é “construir uma Igreja maior que a dos outros” ou manter sob sua influência o maior número possível de pessoas. Não estão criando seus próprios impérios ou reinos usando o nome de Jesus e a Palavra de Deus como um pretexto para uma vida de servir-se a si mesmo. Estas não são pessoas que gostam de controlar as outras e de aproveitar a aura de ser o “o homem ou a mulher de Deus”. Eles são simplesmente servos trabalhando para o bem dos outros. Tal autoridade nunca é pesada ou exigente demais porque a pessoa que a manifesta não pretende tirar proveito pessoal dela. É uma autoridade com uma motivação completamente diferente de qualquer coisa humana. Este tipo de liderança só pode vir de outra fonte. Ele revela o verdadeiro caráter de Deus.

Extraído da Apostila “Autoridade Espiritual”

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