Sem Jesus nada Somos
Burro
A fábula que envolve o burrinho que levou o Senhor para a entrada triunfal de Jerusalém ilustra bem a vida dos prepotentes. Ao entrar em Jerusalém, o burrinho se viu envolto em saudações eufóricas e honradas dignas de um rei. Ele passou a pisar em ramos de árvores especialmente colocados no caminho, envolto em muitas glórias. O burrinho ficou animado e muito contente. Ao voltar para casa, já chegou contando o fato:
— Olha, mamãe, eu carreguei um homem para Jerusalém
e só vendo o que aconteceu. Havia muita gente na rua gritan
do e nos saudando com muita alegria, como numa grande festa. Tudo estava muito bonito. Foi algo inesquecível.
Passados alguns dias, o burrinho não se conteve, e lá foi ele novamente para a entrada triunfal de Jerusalém. Mas qual não foi a sua surpresa ao notar que não havia muita gente nas ruas, e as pessoas que passavam se mostravam totalmente indiferentes a ele. O burrinho voltou para casa decepcionado.
Mamãe, hoje ninguém nem mesmo olhou para mim! As pessoas sequer notaram a minha presença nas ruas da cidade. O que será que aconteceu mamãe!?
É, meu filho, sem Jesus você não passa de um burro! — devolveu-lhe a mãe.
Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros (Rm 12.10).
Renovação
Águia
A águia vive até 70 anos. E a ave de maior longevidade da espécie. Entretanto, quando chega aos 40 anos, ela passa por uma verdadeira metamorfose. Suas condições físicas dão-lhe duas alternativas: renovação completa ou morte. Muito sábia, a águia procura um intransponível ninho, bem alto, em cima de um penhasco, e lá passa por um processo de renovação que dura cerca de cinco meses. E um processo longo e dolorido. Durante esse período, suas atividades cessam por completo.
Com essa idade as suas unhas estão compridas e flexíveis, o que a faz perder sua presa. Como o bico também se alonga e torna-se curvo, e não tem mais a habilidade necessária para derrotar suas presas, a águia passa a bater com o bico em uma parede rochosa até arrancá-lo. Depois de arrancá-lo, ela espera nascer e crescer o novo, para com ele arrancar suas velhas garras. Assim que isso começa a acontecer, ela dá início ao processo seguinte: arrancar as velhas, grossas e pesadas penas, que não permitem mais ter a mesma habilidade em seus vôos. Suas asas estão direcionadas ao peito, atrofiadas. Passado todo esse tempo e o dolorido processo, a águia está renovada e dá o mergulho da renovação para viver mais 30 anos.
A águia tem características interessantes que a tornam ímpar entre as aves. Sua forma de vida é usada pela Bíblia por meio de inúmeras ilustrações:
- Voa alto, em até dez mil metros (Pv 30.18,19).
- Não voa em bando.
- É veloz. Pode voar na velocidade entre 160 e 300km/h, dependendo de sua espécie (2 Sm 1.23).
- Há varias espécies de águias — a cinzenta, a imperial, a pescadora, etc.
- Constrói seu ninho em picos de montanhas intransponíveis (Jó 39.27,28).
- Visão aguçada. Seus olhos ocupam um terço do seu crânio. Portanto, pode ver uma pequena caça a centenas de metros. Dizem que ela pode enxergar à distância de dois mil metros em linha reta (Jó 39.28,29).
- Tem apetite (Jó 9.26).
- Quando precisa de alimento, desce às partes mais baixas, no mar por exemplo, para buscar suas presas.
- Trabalha durante o dia.
- Forte. Sua estrutura óssea em forma cilíndrica dá-lhe
estabilidade. - Possui equilíbrio impressionante. Suas imensas asas mais
as penas do rabo, que se movimentam, dão-lhe maior equilíbrio. - Mesmo com grandes caças movimentando-se em suas garras, ela não perde o equilíbrio do vôo, mantendo-se firme (2 Pe 1.10).
- Nunca deixa a presa escapar. Suas garras são pontiagudas e côncavas, facilitando a prisão da caça, desde um liso peixe a um coelho.
- Cuida de seus filhotes (Dt 32.11).
- Quando velha, renova suas penas, bico e garras.
- Renova-se. Em determinada fase da vida, ela vai para o mar, e depois de voar o máximo que pode para cima, desce para um mergulho, e conseqüente renovação (Sl 103.5). A partir daí estará pronta para viver o mesmo tempo que viveu até então. Alguns dizem que isso não passa de lenda.
Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão (Is 40.31).
Teimosia
Piolho
Um homem vivia indignado porque sua mulher não mais o chamava pelo nome, mas pelo apelido de piolho, que ela mesma lhe dera. Muito ranzinza, ela o perturbava sem parar. Certa vez, depois de passar o dia todo sendo provocado pela mulher — que apesar de toda a insistência do marido para que parasse, continuava chamando-o pelo apelido —, ele resolveu acabar com aquela situação detestável, pois quanto mais pedia, mais ela insistia. Aquele homem se irritou tanto que perdeu o controle e resolveu jogar a mulher em um rio. Embora estivesse morrendo, já afundando, a mulher aproveitou os últimos momentos para erguer os braços e unir as unhas dos dedos polegares, como se estivesse matando piolho, insistindo no aborrecimento do marido.
Grande miséria é para o pai o filho insensato, e um gotejar contínuo, as contenções da mulher (Pv 19.13).
União Faz a Força
Gansos
Os gansos, mesmo quando estão em pleno vôo, atuam em equipe. Primeiro voam em forma de V. Com isso eles exploram o máximo da aerodinâmica, aumentando a velocidade do vôo em até 75%. Quando o primeiro ganso se cansa, troca de posição com o último. Em caso de doença ou ferimento, a ave atacada recebe proteção dos companheiros em pleno vôo. O ferido voa em posição estratégica para que possa usufruir do vácuo provocado pelo movimento das asas dos outros e do próprio calor dos movimentos. Assim pode ser impulsionado pelo vento, enquanto seu corpo se mantém aquecido, não desprendendo muita energia, necessária para a conseqüente recuperação.
Vede também as naus que, sendo tão grandes e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa (Tg 3.4).
Utilidade dos Espinhos
Filhotes
Um certo pássaro usa justamente os espinhos para ajudar seus filhotes a buscar independência. Ele faz seu ninho em meio a espinhos, ocultados por folhas, ramos, pequenos gravetos e capins, que são cuidadosamente colocados entre os pontiagudos espinhos. Quando os filhotes chegam à fase de sair do ninho começa a artimanha da mãe-pássaro para “incentivá-los” à iniciativa dos primeiros vôos.
Preguiçosos, os filhotes relutam em sair do confortável ninho. Então a mãe-pássaro entra em ação e dá um jeitinho um tanto espinhoso: ela passa a arrancar aqueles ramos, que tornam o ninho mais fofo e, à medida que o ninho vai sendo desfeito, com a retirada dos ramos, os espinhos vão aparecendo e espetando os filhotes. Estes ficam sem outra opção exceto obedecer à mãe, e voam para a conquista da própria liberdade. Mais uma vez a Bíblia mostra a mesma sabedoria paterna quando diz que:
A vara e a repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe (Pv 29.15).
Virtude Mecânica
Peru Dançante
O peru, antes de ser apresentado nos palcos como dançante, passa por uma escola nem um pouco amistosa. Ele é colocado em cima de uma chapa de ferro que é aquecida à medida que uma flauta é tocada, gradativamente. O aquecimento acompanha o ritmo da música. Pouco calor, ritmo lento. Mais intensidade de calor, aumento no ritmo da música. A medida que a chapa vai se aquecendo, o peru vai trocando de pé. Se um fica erguido, esfriando, o outro sofre o aquecimento. Os pés do peru vão se alterando na chapa de acordo com a intensidade do calor, sempre ao som da música, que dá a velocidade de acordo com os movimentos de seus pés. Depois de treinado, o peru é colocado no palco. Mesmo sem a chapa aquecida, ao ouvir a música, a ave lembra do calor e movimenta os pés acompanhando o ritmo instintivamente. Para dançar conforme a música, só o peru sabe o que passou.
Vós, porém, sois inventores de mentiras… (Jó 13.4)
Visão Distorcida
Os Cegos e o Elefante
Quatro cegos foram ver um elefante e dar suas avaliações do que poderia ser aquilo que examinavam. Um, depois de apalpar todo o corpo do elefante, disse: “É um prédio. É grande como um prédio”.
O segundo tocou uma das pernas do paquiderme e sentenciou: “É uma grande árvore, estou tocando o seu tronco”.
O terceiro pegou na tromba e afirmou: “É uma enorme serpente!”
O último tocou nas orelhas e descreveu: “É uma grande arraia”.
Condutores cegos! Coais um mosquito e engolis um camelo (Mt 23.24).
Voz do Pastor
Ovelha
Um viajante, quando passava próximo de um riacho, notou a presença de um pastor e um rebanho de ovelhas. Enquanto observava as ovelhas bebendo água, notou que outro rebanho aproximou-se, e em seguida um terceiro, com seus respectivos pastores. As ovelhas se misturaram a ponto de transformarem-se em um só rebanho. “Agora eu quero ver o que os pastores farão para separar seus rebanhos”, pensava o viajante, que se preparou para assistir à confusão.
Enquanto as ovelhas bebiam água e pastavam pela redondeza, os pastores aguardavam-nas conversando. Quando chegou o momento de ir embora, aquele que estava há mais tempo chamou suas ovelhas. Todas as que faziam parte de seu rebanho levantaram a cabeça e foram saindo, uma a uma, seguindo aquele pastor. “Bem, parece que deu certo, mas ainda restam dois rebanhos misturados. Vamos esperar para ver o que acontecerá”, pensava o viajante, na expectativa de ver uma tremenda confusão de ovelhas batendo cabeças e pastores malucos cercando e tentando separá-las. Entretanto, minutos depois, o segundo pastor despediu-se do colega e deu voz de comando, convocando suas ovelhas. Todas que pertenciam ao seu rebanho levantaram a cabeça e seguiram o pastor. Assim, restou apenas o último rebanho, que concluiu o desapontamento do viajante.
(Evangelista Ezequiel Tomé)
A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas e as traz para fora. E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz (Jo 10.3,4).
Uma consideração sobre “Ilustrações”