Discípulos – Jesus e os evangelhos

O conceito de discípulo — aquele que aprende de um mestre — surgiu no judaísmo do Segundo Templo. De fato, no Antigo Testamento a palavra só aparece uma vez (1Cr 25,8).
Nos evangelhos, o termo indica a pessoa chamada por Jesus (Mc 3,13 Lc 6,13; 10,1), para segui-lo (Lc 9,57-62), fazendo a vontade de Deus a ponto de aceitar a possibilidade de enfrentar uma morte vergonhosa como era a condenação à cruz (Mt 10,25.37; 16,24; Lc 14,25ss.).
Os discípulos de Jesus são conhecidos pelo amor existente entre eles (Jo 13,35; 15,13). A fidelidade ao chamado do discípulo exige uma humildade confiante em Deus e uma disposição total para renunciar a tudo que impeça seu pleno seguimento (Mt 18,1-4; 19,23ss.; 23,7).
Mesmo que tanto os apóstolos como o grupo dos setenta e dois (Mt 10,1; 11,1; Lc 12,1) tenham recebido a designação de discípulos, o certo é que não pode restringir-se somente a esses grupos. Discípulo é todo aquele que crê em Jesus como Senhor e Messias e segue-o (At 6,1; 9,19).
E. Best, Disciples and Discipleship, Edimburgo 1986; M. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Nova York 1981; J. J. Vicent, Disciple and Lord, Sheffield 1976; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo…; Idem, El Primer Evangelio…; J. Dupont, El Mensaje de las Bienaventuranzas, Estella 81993; J. Zumstein, Mateo, el teólogo, Estella 31993.

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