CONSOLIDAÇÃO E DISCIPULADO DOS NOVOS DECIDIDOS

 

 

“Todos estes perseveravam unanimente em oração e súplicas”

(Atos 2.41).

Jesus preparou sua igreja para um crescimento equilibrado. Ele esperava que a igreja seguisse o Seu exemplo de um equilíbrio saudável e frutífero entre SEMEAR, CULTIVAR, COLHER e DESENVOLVER.

v  Jesus semeou nas suas pregações e ensinos públicos (Mateus 5-7);

v  Cultivou pessoalmente pessoas como Nicodemos (João 3);

v  Cultivou pessoas como a mulher samaritana (João 4);

v  Cultivou os três homens de Lucas 9.57-62;

v  Colheu no caso de Zaqueu (Lucas 19);

v  Colheu no caso do endemoninhado Gadareno (Lucas 8.26);

v  Desenvolveu resultados especialmente frutíferos nos casos dos doze e dos setenta.

Tarefa: Você pode pensar em outros exemplos no Novo Testamento?

                                                                                                                                            

                                                                                                                                            

                                                                                                                                            

                                                                                                                                            

                                                                                                                                            

                                                                                                                                            

A igreja precisa preparar bem uma equipe para trabalhar na área de contínua consolidação. Algumas igrejas têm ministérios distintos para ACOLHIMENTO e CONSOLIDAÇÃO. Outras entendem que esses dois ministérios são parte do mesmo trabalho. A séria constatação é que existem aquelas que, mesmo tendo os ministérios organizados em ternos de cargos e descrição, não fazem o trabalho de verdade. Outras, mesmo com apenas um deles, fazem um trabalho excelente.

A grande necessidade da igreja, e obrigação de todos os líderes que querem ver a obra de Deus bem feita e as pessoas cuidadas, é consolidar o fruto do trabalho evangelístico. Mas o exemplo de Jesus nos ensina que esse entendimento simples é somente o início.

O que fez Jesus com a sua colheita? Ele guardou seu fruto num lugar seguro, separado do mundo? Não. Jesus não os chamou para se afastarem do mundo.

 

O discipulado tem nuances e detalhes que só o Mestre entende. Percebemos que Jesus não procedeu da mesma maneira com todos os novos discípulos:

v  Alguns ficavam nas suas cidades, por ordem do próprio Jesus, enquanto Ele passava para outros lugares (Lucas 8.39);

v  Outros, aparentemente seguiam a Jesus por algum tempo recebendo sua instrução, enquanto Ele estava em suas regiões (Lucas 10.38,39);

v  Um grupo de setenta passava mais tempo convivendo com Jesus e saindo para cumprir certas tarefas (Lucas 10.1);

v  Sua convivência com Jesus não era tão profunda como a dos doze;

v  Mesmo entre os doze, três deles eram ainda mais chegados a Jesus.

A lição mais importante que os discípulos aprenderam de Jesus foi que a igreja ou o discipulado de Jesus tem uma responsabilidade para com os novos discípulos. O exemplo da igreja de Jerusalém é uma ilustração de como os discípulos de Jesus compreenderam essa lição. A igreja aceitou a responsabilidade e seguiu o método mais usado por Jesus no seu trabalho direto com os novos crentes. O método era a convivência constante com eles. A convivência é o resultado de uma aceitação mútua, que é o coração da comunhão. Podemos identificar os elementos dessa comunhão e convivência em Atos 2.42-47.

Através da convivência com seus discípulos, Jesus era um modelo vivo para eles. Os discípulos aprenderam tanto pela Sua vida, quanto pelo Seu ensino. Os cento e vinte discípulos de Jerusalém seguiram o exemplo de Jesus no seu trabalho com os quase três mil que foram salvos no dia de Pentecostes.

A impressão é que todos os membros da igreja de Jerusalém se envolveram nessa comunhão ativa com os novos convertidos. Todos foram envolvidos porque todos conheceram o exemplo de Jesus. Todos participaram também por causa da preparação espiritual de toda a igreja nos dez dias antes do dia de Pentecostes. Foi importante aprender que não podiam andar mais corporalmente com Jesus. Foi possível, porém, andar com Ele através da pessoa do Espírito Santo.

A tarefa da igreja é ensinar o novo discípulo a andar ou conviver com Jesus no Espírito Santo. A igreja de Jerusalém não podia ensinar o que ainda não havia aprendido. Por isso Jesus deu a ordem de Atos 1.4,5 antes de dar a promessa de Atos 1.8. Jesus queria que eles ficassem fortalecidos na comunhão, unidos para refletirem juntos sobre as promessas quanto ao Espírito Santo (veja João 7.37-39; João 14.14, 20-26; 16.7-11). Os discípulos foram obedientes a ordem? O que fizeram? (veja Atos 1.14).

De igual modo hoje nós não podemos ensinar o que não sabemos. A igreja toda precisa aprender a amar, a aceitar, e a se responsabilizar para cuidar uns dos outros. Temos que aprender a andar no Espírito (Gálatas 5.16-26).

A igreja de Jerusalém aprendeu a orar junta e unanimemente. Essas pessoas que tanto andaram com Jesus queriam continuar andando com Ele. Só podiam fazer isso pelo Espírito. A conversa com Ele foi feita em oração. É claro que eles não oraram apenas em grupos. A grande vantagem que temos agora, desde o dia de Pentecostes, é que todos nós podemos andar e conviver sempre com Jesus.

Todos os que irão trabalhar com os novos discípulos devem saber andar com Cristo, no Espírito. Dessa maneira é o mesmo Espírito quem opera tudo em todos.

 

Pessoas que vivem em comunhão contínua com Cristo têm horas regulares para conversar com Ele em oração e leitura da Bíblia.

v  Você tem uma hora marcada diariamente para orar?

v  Qual é a melhor hora para você?

v  Qual é o melhor método para você ler ou estudar a Bíblia e orar?

v  Você tem uma lista de motivos de oração?

Para trabalhar com novos discípulos não é necessário ter muito treinamento. Não é preciso ser professor de Bíblia. O mais importante é ser sincero e ser um discípulo de Cristo que deseja crescer espiritualmente. É necessário querer conviver com Cristo e sua igreja, e especialmente com os membros mais novos e mais fracos da família.

Resumo geral da consolidação

Quando a pessoa se converte a Jesus, ela precisa ser acompanhada, cuidada na hora do nascimento. É como num parto. Ao nascer, a criança precisa ser amparada, limpa, banhada, enfim, passar pelos cuidados amorosos e práticos do pediatra.

Julgamos essencial esse momento, pois muitas doenças podem ser pegas pela criança no próprio hospital, na hora de nascer. Por outro lado, um parto bem feito também garante saúde e um crescimento saudável, equilibrado.

 

 

 

 

O EXEMPLO DOS GADITAS NA

OBRA DA CONSOLIDAÇÃO

Que tipo de caráter você tem? Seu caráter precisa ser consolidador. Porém, só consolida quem é consolidado. Deus quer remover toda pedra que queira impedir o processo da consolidação. E para isso precisamos estar atentos ao que Deus está nos ministrando. Ele está nos dizendo que o consolidador tem um perfil.
“Dos gaditas se passaram para Davi, ao lugar forte no deserto, homens valentes adestrados para a guerra, que sabiam manejar escudo e lança; seus rostos eram como rostos de leões, e eles eram tão ligeiros como corças sobre os montes. Ezer era o chefe, Obadias o segundo, Eliabe o terceiro, Mismana o quarto, Jeremias o quinto, Atai o sexto, Eliel o sétimo, Joanã o oitavo, Elzabade o nono, Jeremias o décimo, Macbanai o undécimo. Estes, dos filhos de Gade, foram os chefes do exército; o menor valia por cem, e o maior por mil”

(I Cr 12.8-14).
Todo consolidador precisa ter o caráter de um gadita, ser um valente, ter um caráter indubitável. O líder de célula deve ter esse caráter consolidador, pois é responsável por cada um de seus discípulos.
Os gaditas foram responsáveis pela consolidação das 12 tribos de Israel. Eles eram valentes e destemidos e, onde chagavam, transformavam o lugar. Na história de Israel, não há um registro de derrota das guerras onde os gaditas estiveram envolvidos.
Davi permaneceu por muito tempo morando no deserto e em cavernas, quando era fugitivo de Saul. Um dia, ouviu dizer que os gaditas estavam indo ao seu encontro. Ao ouvir tal informação, ele foi antes ao encontro deles, pois sabia que nunca haviam perdido uma guerra. Um dos filhos dos gaditas se apressou e disse a Davi que a entrada deles era de paz e de conquista.
A Bíblia relata que esse jovem profetizou para o rei Davi e as palavras por ele emitidas trouxeram consolo. Naquele momento, Davi foi consolidado. E os gaditas se uniram a Davi e tornaram-se capitães de tropas.
Os consolidadores são linha de frente de guerra. Andam unidos em um só propósito. Eram 11 homens, 12 com Davi. Qual o perfil do gadita? O gadita tem uma unção de caráter e de personalidade. Eles eram homens que tinham o caráter tão ajustado e por isso não perdiam nenhuma batalha. Você terá um caráter tão ajustado que não perderá nenhum fruto fiel.
A consolidação exige um caráter decisivo. Não consolidamos perguntando a pessoa se ela quer ou não ser consolidada, porque o novo convertido não sabe esboçar nada no reino espiritual. O ímpio está nascendo, é como uma criança. Você não pergunta a um bebê se ele quer mamar, se ele quer que troque a fralda, se ele quer tomar banho. Não! Você vai até ele e faz, você toma a iniciativa.
O consolidador precisa receber um caráter de iniciativa, não pode ficar esperando que o ímpio ou o novo convertido venha à sua procura. O discipulador é você, logo, quem tem que consolidar é você.
Se você discipular uma pessoa por um ano e dois meses, ela nunca mais se afastará do Reino. É por isso que a consolidação começa desde o Pré-encontro, indo até a Escola Ministerial, e prossegue no discipulado e treinamento contínuos. É tempo suficiente para que ela receba um perfil seguro, já tendo passado por experiências com Deus e, portanto, podendo andar com suas próprias pernas, com base em todas as orientações que recebeu. Mas andar com as próprias pernas não significa andar sozinho: sempre haverá alguém para andar junto e apoiar aquela pessoa.
Você é um discipulador de êxito que receberá a unção de iniciativa pelo próprio Espírito de Deus. É Ele quem lhe dará um caráter consolidador para usar a sua iniciativa e influenciar milhares de milhares.
Vejamos as características que fazem de todo líder um consolidador valente, de caráter indubitável, eis as características de um gadita:

Não tem medo de fortalezas. O consolidador valente enfrenta qualquer fortaleza com ousadia.

Não tem medo de autoridade. Ele respeita as autoridades, mas não tem medo de nenhuma delas. Principalmente quando não há nada a temer, por andar na verdade.

Não tem medo de guerra. O consolidador de caráter é um líder de guerra.
Existem momentos nos quais o Reino de Deus não é tomado com poesia, mas com ousadia. Arrancar uma vida do inferno, das garras do diabo não fala de poesia, mas de firmeza. Deus lhe dará graça e onde você entrar, sairá com a vitória nas suas mãos. É um homem de destreza, preparado para a peleja.

 

É um homem ou uma mulher vitorioso/a. Como um gadita que tem garras de leão, traz o resultado e entrega-o ao rei. Ele apresenta o seu fruto fiel porque não é abatido na batalha.

 

É um líder armado com escudo e com lança. Está pronto para o ataque e para a defesa. Haverá momentos nos quais o consolidador precisará atacar e para isso usará a lança. A lança não é usada por qualquer pessoa, mas por quem é adestrado. No mundo espiritual, você é um arqueiro. Toda flecha e toda lança que o Senhor colocar na sua mão, você tirará da aljava e não errará o alvo. O gadita sabe o momento certo para atacar e para se defender.

 

Tem personalidade de um líder. Quando a Bíblia diz que o gadita tem cara de leão, está identificando-o como um líder que governa. Quem não governa é governado; quem não orienta é orientado; quem não lidera é liderado. Ter cara de leão representa denunciar a destreza de governar com autoridade.

 

Não recebe mediocridade sobre sua vida. Ele tem unção e conquista sempre no sobrenatural. Recebe a excelência do Reino. Há pessoas que são pobres por uma questão de circunstância; outras, por uma questão de alma.

 

É veloz como a gazela. O consolidador deve ser veloz como a gazela das montanhas. Uma gazela pula em média seis metros para cima e nove metros para frente, de forma que corre em uma velocidade muito grande para fugir do predador a ponto de ele ficar cansado e desistir dela. Essa
mesma unção Deus nos dará. Não somos comida de predador, portanto, quando ele quiser vir atrás de nós, terá que desistir, pois a velocidade de um gadita frustra o plano do inimigo.

 

Ter unção do mínimo. Ter um aprisco completo que comporta no mínimo 100 ovelhas. E esse aprisco multiplica gerando outros apriscos. Você como gadita, nessa unção e caráter consolidador, terá ovelhas e discípulos debaixo de sua autoridade.

 

A unção do máximo. O mínimo tem cem e o que tem mais é porque conquistou mil. “O mais pequeno virá a ser mil, e o mínimo uma nação forte” (Is 60.22). Você terá unção para começar com os seus 100 discípulos, terá unção para tratar com os 1.000 discípulos, debaixo do caráter consolidador da personalidade do governo e não permitirá que o rebanho se disperse.

 

Tem o governo do Espírito sobre a sua vida. Quem governa o gadita não são as suas emoções, suas convicções. A Bíblia diz que o Espírito de Deus tomou a Amasai e ele começou a profetizar e consolidou o coração do rei.

 

A segurança de um consolidador é depender do Espírito Santo.
Receberemos unção para consolidar dos súditos ao rei e todos aqueles que desejam receberão o caráter que Deus está imprimindo em nossos corações. Precisamos desejar o caráter consolidador, o caráter de governo.

Precisamos receber a unção de cuidado e destreza para consolidar uma nação: garras de leoa, cara de leão, pés ligeiros como os da gazela, destreza para alcançar as fortalezas e governo do Espírito Santo.

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