A IDENTIDADE DE UM DISCÍPULO AUTÊNTICO

A IDENTIDADE DE UM DISCÍPULO AUTÊNTICO

TEXTOS:

Lc. 6.40 “Nenhum aluno é mais importante do que o seu professor. Porém, quando tiver terminado os estudos, o aluno ficará igual ao seu professor”. (NTLH)

Lc. 6.40 “O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre”. (RA)

I Jo. 2.6  “Quem diz que vive unido com Deus deve viver como Jesus Cristo viveu”. (NTLH)

I Jo. 2.6 “Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou”. (RA)

INTRODUÇÃO:

Quais são os elementos básicos que devem estar presentes e que identificam um discípulo verdadeiro. Quais são os traços da sua identidade, visto que o mesmo deve carregar a conduta, o caráter de cristo e a sua imagem e semelhança em sua maneira de viver. Cristo revelou o seu caráter e sua conduta como um modelo a ser impresso em seus seguidores para que os mesmos mostrem ao mundo um estilo de vida diferente e novo, não segundo o curso deste mundo tenebroso.

II Co. 5.17. “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”. (RA)

PERGUNTA: Quantos aqui são verdadeiros discípulos de Jesus?

PAULO DISSE: “Sede meus imitadores como também eu sou de Cristo”. I Co. 11.1.

O caráter de Cristo em seus seguidores não tem nada a ver com aquilo que é estereótipo como: – Pela aparência do cabelo – Pelos dons espirituais -Pelo conhecimento -Pelo tempo na igreja – Pela aparência da roupa, etc. Em Antioquia, o que eles viviam era tão forte que o povo de fora da igreja deu a eles um santo apelido – “cristãos”.

At.11.26… “Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.”

Para ser chamado de cristão tem que ser discípulo; e um discípulo com uma vida deturpada não pode ser chamados de cristão.

ALGUMAS SITUAÇÕES PRÁTICAS QUE PREJUDICAM O TESTEMUNHO DE CRISTO

  1. Tem pessoas que dizem ser discípulo, mas lá no seu trabalho não tem nenhum testemunho de cristão; vive uma vida parecida aos outros incrédulos.
  2. Tem pessoas que dizem ser discípulos de Jesus, mas na escola seu testemunho às vezes tem sido como dos incrédulo que nem pode ser chamado de discípulo de Jesus.
  3. Tem pessoas que se diz cristão, mas vive em esquemas deste mundo, em sociedades com os ímpios, não tem testemunho de discípulo de Cristo.
  4. Tem pessoas que se dizem cristãos, mas entra em relacionamentos profanos de namoro ilícito, sem cobertura de ninguém, às vezes até pior do que muitos incrédulos.
  5. Tem pessoas que mentem, falam palavrões, amam músicas profanas, sonegam impostos, sonegam os dízimos do mesmo jeito que os incrédulos; não pode ser discípulo.
  6. Outros se dizem discípulos de Jesus, mas nos negócios vivem na canelada, no trote; compra, mas não paga, do mesmo jeito que o incrédulo faz; como pode ser discípulo de Jesus.
  7. Alguns se dizem discípulos, se dizem da igreja, mas, se der bobeira entram no goro, e em outros vícios, do mesmo jeito que o incrédulo faz. Não pode ser chamado de discípulo de Jesus.
  8. Tem pessoas que se dizem discípulas de Jesus, mas quando chega em casa quebra o pau com o filho, com o marido, com pai, com mãe, com vizinho etc. Como poderá ser chamado de discípulo de Cristo.

Na esfera humana existem muitos documentos, como RG, CPF e outros, que definem a nossa identidade como pessoa. Evidentemente, na vida espiritual também existem muitos requisitos que formam a identidade de um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo. Para ser um cristão verdadeiro é preciso ser primeiro um verdadeiro discípulo de Jesus.

O que de fato significa ser um discípulo de Jesus?

VEJAMOS CINCO MARCAS DE UM VERDADEIRO DISCÍPULO DE CRISTO

  1. É AQUELE QUE PROCURA IMITAR SEU MESTRE ONDE QUER QUE VÁ

I CO. 11.1 Paulo disse: “Sede meus imitadores como eu sou de Cristo”. (RA)

Ele não disse: “Sede imitadores de Cristo porque eu também sou”, mas, “imitem a minha vida porque ela imita a Cristo”.

Havia dois tipos de escolas quanto à filosofia de ensino:

A escola grega: Segundo a pedagogia, o discípulo pode variar um pouco de seu mestre e até discordar dele. (filosofia secular).

A escola judaica: Segundo a pedagogia judaica o discípulo deve ser fidelíssimo imitador de seu mestre (discipulado de transferência).

I Jo. 2.6 João disse: “Aquele que diz que permanece nele, esse deve andar assim como Ele andou”. (RA)

A vida do verdadeiro discípulo de Jesus tem que parecer com a vida de seu Mestre (Jesus).

Quem imita a Cristo: É cheio de compaixão, libera perdão as pessoas, age com amor com todo mundo, vive honestamente, etc.

At.11.26 “Em Antioquia foram os discípulos pela primeira vez chamados de cristãos”.

Ninguém pode ser chamado de verdadeiro discípulo de Jesus se não se tornar parecido com Cristo; não pode ser um discípulo dele se não procurar imitá-lo.

  1. DISCÍPULO DELE É AQUELE QUE PRODUZ FRUTOS PARA O SEU MESTRE.

Jo. 15.8 “Nisto é glorificado meu pai em que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos”.

A teologia cristã investiu muito no conceito de Frutos do Espírito como vemos descritos na carta aos gálatas, no capítulo cinco (Gálatas 5.22).

Os frutos de João capítulo15 é tudo aquilo que fazemos para a glória de Deus, especialmente para produzir frutos de almas para o seu Reino.

Cada semente produz segundo a sua espécie, e pelo fruto se conhece a árvore:

Gn. 1.11 “E disse: Produza a terra relva, ervas que dêem semente e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra”.

Mt. 7.15-21 “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. 16Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? 17Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. 18Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. 19Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. 20Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis”.

Os nossos frutos são a prova de que somos ou não somos verdadeiros discípulos de Jesus. Pois está escrito: Jo. 15.8 “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos”.

Jo. 15.16 “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda”.

E para dar frutos, toda semente tem que cair na terra para morrer.

Jo. 12.24-26 “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto. 25 Quem ama a sua vida perdela-á; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna. 26 Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará”.

PERGUNTA: Quantos frutos segundo a sua espécie, ou seja, de almas você já produziu para Deus este ano?

Só poderá ser chamado de discípulo de Jesus aquele que estiver produzindo frutos, e ninguém pode ser um verdadeiro discípulo se não estiver produzindo frutos verdadeiros.

  1. É AQUELE QUE PROCURA TER COMUNHÃO COM OUTROS DISCÍPULOS.

Há cristãos que vivem isolados dos outros cristãos, que tem dificuldades de conviver junto.

Congregar com os outros cristãos, além de ser um grande mandamento é também uma prova de que somos verdadeiros discípulos de Jesus.

MUITOS VIVEM ENGANADOS: Dizem: “Eu assisto o culto pela televisão”. OUTROS: “Eu assisto pela internet”. Mas o culto pela TV ou Internet não é para os crentes, mas para alcançar os não crentes para Jesus.

Hb. 10.25. “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”.

O discípulo para ser verdadeiro precisa congregar com outros discípulos para crescer em relacionamento, o qual é essencialmente benéfico para a vida no Reino de Deus.

Quando alguém nasce de novo procuramos logo integrá-lo em três tipos de grupos: discipulado, célula e culto de celebração, para que cresça sadio.

PORQUE DEVEMOS PROCURAR FREQUENTEMENTE ESTAR JUNTOS COM OUTROS DISCÍPULOS?

a) Porque isso é uma prova de que somos verdadeiros discípulos de Jesus.

Jo. 13.35. “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”.

b) Para que o mundo reconheça que Jesus é o único Salvador e Senhor.

Jo. 17.21. “A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste”.

c) Porque este é o modelo que nos foi dado desde o início da igreja primitiva

At.2.42 “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”.

d) Porque é desta forma que temos comunhão com o filho de Deus.

I Co. 1.9 “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor”.

e) Porque é desta forma que recebemos os benefícios do corpo e do sangue de Jesus.

I Co. 10.16 “Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?”.

f) Porque assim testificamos que não temos mais comunhão com as trevas.

II Co. 6.14 “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?”.

g) Porque o pai da igreja gentílica nos exortou a vivermos em comunhão.

Fl.2.1-4 “Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, 2 completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. 3 Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. 4 Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros”.

  1. h) Porque esta é uma forma de ter comunhão com o pai, filho e espírito santo.

I Jo. 1.3 “O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo”.

  1. i) Porque isso é uma prova de que já saímos das trevas para a luz e de que fomos purificados.

I Jo. 1.7 “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”.

Discípulo verdadeiro vive intrigado com outros discípulos e nem diz que não vai com a cara do outros. Pois o verdadeiro discípulo procura ter profundo relacionamento com todos os outros discípulos.

Ninguém pode ser um cristão verdadeiro se não for um discípulo verdadeiro; não pode ser um discípulo dele se não tiver comunhão com outros discípulos.

  1. VER. DISCÍPULO É AQUELE QUE GERA OUTROS DISCÍPULOS PARA JESUS.

Mt. 28.19 “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado…”.

Tem pessoas no meio da igreja que nunca gerou um discípulo sequer para Jesus. E muitos não geram porque não revelam sua identidade de discípulo, “Agente secreto”. O verdadeiro discípulo é uma carta aberta para ser lida por todo o mundo ao seu redor.

II Co. 3.2-3 “Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens, 3 estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações”.

O maior prazer de um discípulo deve ser gerar outros discípulos para Jesus assim como ele é. Não se canse de convidar pessoas para a célula e nem para o culto; mostre sua cara de discípulo ao mundo.

CONCLUSÃO

O que nós somos isso nós geramos. Ovelha gera ovelha, discípulo gera discípulo. Ninguém pode ser chamado de discípulo de Jesus se não tiver as marcas da identidade de um verdadeiro discípulo. Pregue a palavra da salvação, fale do amor de Deus para as pessoas, mostre sua cara. NINGUÉM PODE SER UM DISCÍPULO VERDADEIRO SE NÃO GERAR OUTROS DISCÍPULOS PARA ELE.

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