SOBRE CONSELHEIROS E CONSOLIDAÇÃO

SOBRE CONSELHEIROS E CONSOLIDAÇÃO

O Conselheiro é um seguidor de Jesus, cheio do Espírito Santo,

que ajuda o novo convertido no momento e imediatamente

após a sua decisão de seguir Jesus.

 

O Conselheiro, nesse sentido é o Consolidador, aquele que ajuda o novo crente a dar os primeiros passos sua decisão.  Consolidar é ser amigo, um companheiro que estenderá a mão durante os primeiros passos na vida cristã, apontando-lhe o alvo: Ser igual ao seu Mestre Jesus.

Consolidação é o cuidado e a atenção que devemos dispensar ao

novo crente para reproduzir nele o caráter de cristo, de maneira

que sua vida cumpra o propósito de Deus: dar fruto

que permaneça  (João 15.16).

 

A. OBJETIVOS DA CONSOLIDAÇÃO

v  Reter cada pessoa que Deus colocar em nossas mãos, seja através da célula, nos cultos da igreja ou em qualquer outro ambiente onde podemos testemunhar de Jesus;

v  Verificar a entrega e decisão de cada pessoa, fazendo perguntas objetivas quanto à sua decisão, convicção de quer Jesus como seu Salvador e Senhor;

v  Inseri-lo em uma célula, para que cresça em comunhão com outros irmãos e aprenda mais da Palavra de Deus;

v  Levar o novo convertido a uma relação de discipulado pessoal um a um que, junto com a célula, vai ajudá-lo a amadurecer e crescer em Cristo;

v  Cuidar de cada convertido até que dê fruto permanente no Senhor;

v  Reproduzir na pessoa o caráter de Cristo, de maneira que ele reflita Cristo em suas palavras e em suas ações;

v  Fazer de cada crente um fazedor de discípulos, a tal ponto que ele mesmo vai tomar a iniciativa de buscar novos filhos para a família de Deus;

v  Cuidar das pessoas de acordo com o valor dado por Deus.

 

 

 

B. QUEM PODE SER UM CONSELHEIRO?

Todo cristão que a ama a Deus, quer ser obediente ao mandado de Cristo, tem profundo amor pelas vidas, está sendo discipulado e anseia servir junto à Igreja Local, este pode ser um Conselheiro.

Dessa maneira, todo seguidor de Jesus deve ser treinado para:

v  Ganhar pessoas para cristo;

v  Ser um conselheiro para o novo convertido no momento e imediatamente após a sua decisão, assim como no acompanhamento que se segue;

v  Discipular o novo convertido até ele se tornar líder de célula, e continuar discipulando com propósitos.

C. REQUSITOS PARA SER UM CONSELHEIRO

SANTIDADE: Quem quer que aspire ser usado por Deus na Consolidação deve ser santo. A única coisa que rouba sua autoridade e respaldo de Deus é o pecado oculto em sua vida. Deus só poderá fluir através de instrumentos limpos.

AMOR ÀS ALMAS: O amor foi a chave do sucesso de Cristo e Ele nos deixou seu exemplo. Nenhum modelo, nenhuma técnica substitui um amor genuíno, interessado, que flui de um coração se preocupa. O novo convertido pode até ser um número para a sua célula, um membro a mais para a igreja, mas, antes de tudo, ele é um bebê espiritual, um filho de Deus que precisa ser nutrido e cuidado.

 

CONHECER  A PALAVRA:  As perguntas que os novos crentes só podem ser respondidas com a Palavra de Deus. Não podemos dar respostas baseadas no “eu acho…” ou “eu tenho a impressão que…”.

 

DISPOSIÇÃO e DISPONIBILIDADE: Uma das coisas que mais agrada a Deus é que façamos sua obra com zelo e disposição de coração. Devemos fazer como Ele o faria, se estivesse em nosso lugar (Isaías 6.8). Deus nunca vai trabalhar com nossas desculpas e justificativas.

 

ORAÇÃO: É pela oração que as batalhas são ganhas. Tudo que desejamos no mundo terreno, devemos conquistá-lo primeiro no plano espiritual.

 

CONHECER  O  PLANO  DE  SALVAÇÃO: Ser capaz de explicar facilmente João 3.16, e como aplicá-lo à vida da pessoa, no tocante à salvação, ao arrependimento e perdão dos pecados.

D. PESSOAS QUE PODEM SER CONSELHEIROS NAS REUNIÕES

     PÚBLICAS ONDE HÁ CONVERSÕES A CRISTO:

v  Pastores Supervisores de Células;

v  Obreiros Missionários;

v  Missionários Voluntários;

v  Líderes de Células;

v  Auxiliar de Célula, se tiver autorização prévia de seus líderes e se for necessário (no caso de muitos novos convertidos e poucos conselheiros);

v  Qualquer irmão que preencha os requisitos especificados acima para ser Conselheiro, quando convidado para funcionar como nessa função.

Obs.: Esta lista refere-se à prática da Igreja Batista da Glória.

Em outras igrejas a prática pode ser igual ou ligeiramente diferente.

O Essencial é que haja uma consolidação bem feita,

e por pessoas devidamente qualificadas para tal.

E. É MUITO IMPORTANTE O CONSELHEIRO LEMBRAR QUÊ:

v  É necessário confiar totalmente no Espírito Santo, fazendo tudo com muita VIDA e amor, para nunca cair num ritual;

v  Deve ser sempre amoroso com todos os novos convertidos, e pegar o endereço e telefone, sem que seu interesse primordial seja levá-los para a sua própria Célula;

v  Mesmo assim, é uma ótima oportunidade de ajudar sua Célula a crescer, e o conselheiro deve estar amorosamente atento, pois muita gente vem para igreja por conta própria, sem nenhum contato anterior.

F. O TRABALHO DE CONSELHEIRO        

 

1. No Auditório:

v  Ao longo do culto, durante a mensagem, e principalmente na sua conclusão, interceder para que o Espírito Santo toque nas mentes e nos corações daqueles que estão ouvindo a Palavra;

v  Na hora do apelo, não demorar a agir, mas ir logo para frente (bem para frente): ficar no mesmo nível que o novo convertido, posicionando-se com amor ao lado dele;

v  Olhar para o pastor e não conversar com o novo convertido enquanto o pastor estiver falando;

v  Estar sempre submisso ao Coordenador dos Conselheiros;

v  No momento certo abraçar o novo convertido (cuidado com a aparência do mal quando for alguém do sexo oposto), e conversar com o genuíno amor, fé e alegria;

v  Acompanhá-lo para a sala de consolidação no momento certo.

2. Na sala de consolidação: 

 

 

O Líder da Consolidação:

 

v  Dará calorosas boas-vindas com muito entusiasmo, amor e carinho;

v  Um pastor ou obreiro irá expor resumidamente o plano de salvação;

v  O líder explicará para o novo convertido que ele não deve desanimar se falhar em qualquer área, porque se ele perseverar em buscar a Jesus, Deus irá sempre completar na sua vida toda boa obra que Ele começou (Filipenses 1.6);

v  O pastor ou obreiro, com a ajuda de todos os conselheiros, orará mais uma vez pelos novos convertidos, agradecendo a Deus pela certeza da salvação; essa oração deve ser por cura, libertação, prosperidade, família, etc., sempre com a demonstração de muito amor e carinho.

 

O Conselheiro:

v  Deve pegar o livrinho-brinde e a ficha do novo nascimento com o pastor ou obreiro responsável;

v  Deve preencher a ficha com todo cuidado, de forma bem legível, de preferência com letra de forma, anotando o nome e o endereço, telefone fixo, celular, e-mail, o máximo de informações possível (quando ele não tem uma célula conhecida, e se você tem dúvida de para onde ele vai, não preencha o nome do Líder de Célula e da Célula);

v  Explique acerca da Célula e pergunte se ele gostaria de um apoio de alguém da Célula na sua residência;

v  Se for alguém que ainda não tem qualquer vínculo com célula, e que mora perto de você, na sua rua ou no seu bairro, e tem o perfil (idade, interesses, relacionamentos) que se encaixa com você e sua célula, pode recrutá-lo para sua célula, lembrando de anotar esses detalhes na ficha;

v  Parabenize-o mais uma vez pela decisão, diga que ele pode contar com a igreja e com você e, se houver tempo, enfatize mais uma vez a certeza de salvação, de acordo com I João 5.11-13 (de preferência tenha esses versos memorizados);

v  Entregue o livrinho para ele e diga que ele pode procurar em casa, com calma, aqueles versículos na sua Bíblia. Diga que ele pode começar a ler a Bíblia na epístola de I João.

3. Durante a semana seguinte:

v  Se for alguém que se converteu para uma célula sua, garanta que a ficha será entregue para você ou para o supervisor responsável sobre você e sua célula;

v  Sendo o novo convertido for seu convidado ou convidado de alguém da sua célula, nem espere a ficha; comece já o acompanhamento, e garanta que o convertido irá para a próxima reunião da célula e começará também a ser discipulado.

Até aqui tratamos da consolidação no templo. Existe também a consolidação feita na célula e aquele que chamaremos de Consolidação Pós-Templo. Cada uma é importante.

 

Cada rede de células (melhor ainda cada célula) deve ter sua equipe de consolidadores — conselheiros. Dessa maneira, onde quer que haja uma conversão e pessoas necessitando de cuidados neonatais, haverá também ali um “enfermeiro” espiritual, um pediatra pronto a dispensar os primeiros cuidados.

 

G. PASSOS ENTRE GANHAR E CONSOLIDAR

v Primeiro Passo: O Apelo

O apelo faz parte da mensagem evangelística, tanto na pregação do púlpito quanto na evangelização pessoal. Deve ser tão bem preparado quanto a introdução e os pontos principais da mensagem. O evangelista, isto é, a pessoa que anuncia o Evangelho deve seguir o exemplo do apóstolo Pedro em Atos 2.37-40. Pedro esclareceu bem o que queria que fizessem? (veja v.38). O que Pedro exigiu? Quem podia responder ao apelo? Há ordem? Eles entenderam mesmo? Qual a implicação do versículo 41?

 

 

v Segundo Passo: Aconselhamento Imediato

O objetivo do aconselhamento imediato é levar o decidido a entender a vontade de Deus para sua vida e como segui-la.

O aconselhamento imediato complementa o apelo, é uma aplicação pessoal. É o momento de verificar se a pessoa que se decidiu entendeu realmente o apelo. Muitas vezes é descoberto um vivo interesse em Cristo. O consolidador deve ajudar a pessoa a fazer uma entrega completa de sua vida a Jesus. Outras vezes o decidido revela um interesse vago. Não quer ir ao inferno, mas realmente não entende que é necessário deixar seu modo atual de viver, arrepender-se, abandonar os seus pecados, aceitar Jesus como Senhor de sua vida, e segui-Lo através do batismo e serviço numa igreja.

Alguns atendem ao apelo sem saber por quê; outros querem alguma coisa da igreja: dinheiro, cesta básica, ajuda para algum problema como alcoolismo, ou oração por alguém muito doente.

Somente podemos ajudar essas pessoas quando fazemos algum tipo de aconselhamento. A falta de aconselhamento imediato prejudica muito o ministério da consolidação. Por isso é muito importante analisar até que ponto o decidido compreendeu o apelo.

 

H. QUANDO E COMO FAZER O ACONSELHAMENTO

No Culto de Celebração, Durante o Apelo: Três Métodos Opcionais

 

v O Pastor

O pastor mesmo pode fazer todo o aconselhamento durante o apelo. Geralmente num culto o número de descrentes presentes não permite muitas decisões na hora do apelo. Se o pastor quiser, poderá fazê-lo sem outros consolidadores.

Quando a igreja não é grande e a programação permite, o pastor pode explicar rapidamente e em linhas gerais os passos e a importância da decisão por Cristo.

 

v O pastor e outros consolidadores

O pastor e outros consolidadores podem trabalhar juntos. Esse plano é usado em igrejas maiores, e cuja programação de celebração é bem cheia. É ideal para igrejas que têm vários cultos, um após o outro.

O pastor faz o apelo recebe o decidido na frente. No próprio apelo ficou bem explicado que aquela convocação é para quem quer entregar a vida a Jesus. Quando há outros apelos, o pastor explica que depois dessa oração ele chamará as pessoas para cura, dedicação missionária, etc.. Pode dizer também que os novos convertidos poderão participar das duas convocações, uma após a outra.

Durante o apelo de salvação, mesmo antes que os não crentes comecem a vir à frente, os conselheiros já começam a se aproximar do palco. Colocam-se de frente para o pastor, como se eles mesmos estivessem se convertendo. A intenção não é fingir que o conselheiro é alguém que está se convertendo como “isca”, mas encorajar o novo convertido a ir à frente, pois muitos ficam com vergonha de ir sozinhos.

Aqueles irmãos que trouxeram visitantes não devem esperar que somente os “conselheiros oficiais” cuidem do seu convidado. Eles devem ir à frente junto com seu convidado, quando este se decide, e também acompanhá-lo na sala de consolidação. Bolsas e objetos pessoais devem ser levados pela pessoa para frente e para a sala, ou cuidados por um parente ou amigo próximo, pois ao término da consolidação o culto normalmente já acabou.

O pastor explica rapidamente a importância de seguir a Cristo, parabeniza os novos convertidos pela decisão e faz a oração de entrega, a qual é repetida por eles. Toda a igreja aplaude, e faixas de boas vindas são erguidas no auditório. Após isso, ao som de uma música de boas vindas, os novos decididos, junto com os conselheiros e seus acompanhantes, são encaminhados para a sala de consolidação.

É importante que na sala de consolidação tenha água, refrigerantes, chá

ou cafezinho que serão servidos aos novos decididos. Biscoitinhos também

são bem-vindos. Cuidado para que os conselheiros não comecem a comer

na frente dos novos convertidos. Há também aqueles casos de

adolescentes que “se convertem toda semana

só para lanchar na sala de consolidação.

 

 

v Somente Outros Consolidadores

Em alguns lugares, o pastor faz o apelo, e tão logo os convertidos vêm à frente, já há uma equipe que os direciona para uma sala ou espaço ao lado. Aquela parte pública de oração de repetição, explicações e abraços é feita na sala, e não em frente ao altar (palco como alguns chamam).

Assim, outros consolidadores e não o pastor principal (podem ser os pastores auxiliares) vão receber os decididos quando atenderem o apelo. Nesse caso, recomenda-se que esse grupo de consolidadores sentem-se nas primeiras fileiras, de modo que poderão chegar à frente rapidamente para ajudar, conforme o plano pré-determinado.

É melhor ter uma pessoa na frente para receber as pessoas, como um pastor ou obreiro designado. Os outros consolidadores estarão esperando e orando ao lado. O líder da equipe de consolidação ao receber uma jovem, a entregará para uma jovem consolidadora, uma senhora para uma senhora, etc.

 

I. QUE FAZ O PASTOR PRINCIPAL DEPOIS DO CULTO?

v Comportamento Um

O pastor poderá deixar todos os decididos chegarem à frente durante o apelo sem falar com eles pessoalmente, talvez apenas cumprimentando-os e apertando suas mãos. No final, depois de encerrar o culto, o pastor falará com todos sobre suas decisões, dando alguns conselhos e orientações. Numa igreja grande isso pode ser um ouço complicado, uma vez que nem sempre a sala de consolidação fica ao lado do palco.

v Comportamento Dois

Alguns pastores usam um pouco mais de tempo na hora do apelo, explicando alguns detalhes, olhando as pessoas nos olhos, apertando as suas mãos, orando por elas, mas no final são outros consolidadores que fazem o aconselhamento, e não o pastor. Por um isso ajuda o pastor a dar atenção para outras pessoas. Quando o pastor gosta de cumprimentar as pessoas na porta da saída, esse procedimento é adequando. Ele poderá cumprimentar ao mesmo tempo os irmãos veteranos e também os recém-convertidos. Dessa maneira, mais de um consolidador estará trabalhando, e o aconselhamento se torna mais pessoal.

 

v Qual é o Melhor Plano?

Para resolver essa questão, é importante lembrar-se do objetivo do aconselhamento imediato: Levar o decidido a entender a vontade de Deus para sua vida e como cumpri-la.

Em primeiro lugar, reconhecemos que é muito difícil atingir esse objetivo aconselhando pessoas em grupos. Em segundo lugar, é claro que as pessoas, de modo geral, têm mais confiança no pastor e na pessoa que Deus usou para despertar o seu interesse. O papel do pastor tem certa autoridade também. Por isso é importante que o pastor faça o aconselhamento tanto quanto possível.

Se alguém precisar de muitos conselhos, é importante que o pastor pode tenha um conselheiro preparado para conversar à parte por mais tempo. Também no caso de muitas decisões, o pastor pode ter pessoas preparadas para ajudar no aconselhamento que se segue.

A escolha do método de consolidar vai depender do tamanho da igreja, da quantidade cultos seguidos que a igreja tem, do número de pastores e obreiros treinados, e do perfil da igreja. A própria igreja pode desenvolver uma cultura onde os próprios membros já estão a postos para ajudar a receber pessoas.

J. MODELO DE ENTREVISTA ENTRE CONSOLHEIRO E NOVO DECIDIDO


Conselheiro: “Estou muito satisfeito porque você veio! Qual é o seu nome?”

 

Decidido: “João Pedro da Silva Góis”

Conselheiro: “Por que veio aqui agora?” (a resposta indica se a pessoa já aceitou a Jesus ou se está querendo aceitá-Lo).

 

Decidido: “Porque orei como o pastor falou. Quero perdão. Quero Jesus…”

Conselheiro: “Então, você reconhece que é pecador?”

 

Decidido: “Sim, claro!”

Conselheiro: “Quer abandonar agora e para sempre os seus pecados?”

 

Decidido: “Quero, sim.”

Conselheiro: “Quer confiar em Jesus como Senhor da sua vida, agora, e para sempre?”

 

Decidido: “Quero”.

Conselheiro: “Quer obedecer a Jesus em tudo?”

 

Decidido: “Quero”.

Conselheiro: “Quer obedecer a Jesus, segui-Lo no batismo e servi-Lo como membro desta igreja?”

 

Decidido: “Sim. Quero obedecer a Jesus”.

Conselheiro: “Podemos orar e dizer tudo isso a Jesus em oração, agora?”

 

Decidido: “Sim”.

K. DETALHES A OBSERVAR

v  Com a oração, essa conversa pode ocupar até dois minutos e meio. Muitas vezes encontramos pessoas que não têm o conhecimento básico do Evangelho. Neste caso, será necessário levá-las a uma ministração mais demorada.

Aqui está uma atividade que pode ser feita em sala de aula: Todos podem ganhar experiência como conselheiros, simulando o ato de receber e aconselhar um decidido, usando as perguntas básicas. Por exemplo: Um jovem que está participando de um estudo evangelístico numa célula, e atendeu ao apelo. O líder dessa célula fará o papel de conselheiro, um voluntário pode fazer o papel do jovem. Esses dois simularão o ato de aconselhamento usando as perguntas básicas. Depois podem formar pares. Um fará o papel do jovem e o outro do conselheiro. Depois de três minutos, podem trocar os papéis.

v  Pense em outras situações. O que você faria diferente? O que faria com alguém querendo reconciliação com Deus? Querendo somente uma oração da igreja? Uma bênção? Como aconselharia um decidido de muito tempo que quer ser batizado?

v  Às vezes, a vontade de Deus pode ser a reconciliação de um crente desviado. Queremos levar todos os não crentes a entenderem a necessidade de fazer um compromisso imediatamente. Com algumas pessoas é necessário iniciar o trabalho de semear e cultivar.

v  Às vezes, o aconselhamento se torna um dos primeiros passos para ganhar. Nem todo mundo que vem à frente já está ganho. Nem todo mundo que entra na sala de consolidação já está ganho.

 

L. APRESENTAÇÃO DOS DECIDIDOS À IGREJA

A apresentação dos decididos à igreja é um passo muito importante na sua consolidação. É importante para os decididos e também para a igreja.

Em igrejas onde a programação permite, e quando há tempo suficiente para a consolidação entre o apelo e a bênção final, o pastor pode ler os nomes que estão na Ficha de Consolidação apresentando assim a pessoa à congregação pelo nome. Pode dizer qual é o compromisso que fez e uma palavra breve sobre a decisão que mostra a sinceridade dela. É óbvio que não é possível fazer este tipo de apresentação sem que o aconselhamento imediato tenha ocorrido, pois em alguns lugares há casos onde a pessoa responde de lá: “Mas eu só estava querendo oração para conseguir um emprego…”

 

M. APRESENTAR O NOVO DECIDIDO É IMPORTANTE PARA ELE POR

     QUÊ:

Marca a experiência do novo nascimento. É este evento que é importante para o novo crente. A data do novo nascimento deve ser mais importante para ele do que o seu batismo. Geralmente destacamos o batismo muito bem, até com um bonito diploma de batismo. Porém, o mais importante é a experiência do novo nascimento. Um dos motivos por que muitos têm dificuldades em testemunhar da sua experiência de conversão é porque o momento da conversão não foi engrandecido. Não ficou bem definido.

Define a responsabilidade do novo convertido para com a igreja de Cristo. Pessoas, ao nascer fisicamente têm uma família. Também o crente, ao nascer espiritualmente, tem uma família espiritual: a igreja. Membros da família têm responsabilidades.

Cria um sentimento de aceitação pela igreja. O decidido aceitou a Cristo. Isto implica também aceitar a igreja de Cristo. Porém, é muito importante o novo convertido sentir que do mesmo modo que Cristo o aceita, a igreja também o aceita.

Tudo que é público tem mais peso de compromisso. É como a palavra dada: quando damos nossa palavra em prol de algo, somo mais tendentes a cumpri-la do que quando só decidimos algo no pensamento. E quanto mais pessoas ouvirem a nossa palavra de compromisso, mais forte a obrigação.

Ele tem uma responsabilidade para com a igreja, mas também tem o privilégio da comunhão com a igreja que o aceita. Um abraço de um consolidador ou de um líder de célula será um símbolo muito valioso da aceitação da igreja.

Tarefa: que outros motivos você pode dar, como benefícios para o novo convertido, quando ele é apresentado à igreja no final do culto?

                                                                                                                                                            

                                                                                                                                                            

                                                                                                                                                            

                                                                                                                                                            

                                                                                                                                                            

 

N. APRESENTAR OS DECIDIDOS NA FRENTE É IMPORTANTE PARA A

     IGREJA TODA POR QUÊ:

Leva a igreja a ter mais confiança nas decisões feitas pelos novos convertidos. Essa confiança leva a igreja a uma aceitação maior dos mesmos.

Relembra a igreja da sua responsabilidade para com os novos crentes. A responsabilidade não é para testar o novo crente. Satanás vai fazer isso sem nossa colaboração. A responsabilidade da igreja é de apoiar o decidido no seu crescimento espiritual e no seu andar com Cristo, no Espírito Santo.

Identifica o novo convertido. A igreja não pode apoiar, nem orar em favor de pessoas não conhecidas. Ela passa a conhecer as caras novas que estão entrando.

 

Tarefa: Que outros motivos são importantes pelos quais apresentar os decididos à igreja no final do culto?

                                                                                                                                                            

                                                                                                                                                            

                                                                                                                                                            

                                                                                                                                                            

Com estas apresentações o processo de consolidação está começando. O novo crente está aprendendo lições importantes sobre a igreja, sua comunhão e responsabilidades mútuas. O culto pode ser encerrado com uma oração, lembrando os decididos, pedindo os cuidados de Deus para com eles e orientação para a igreja no cuidado para com os novos crentes.

A igreja deve ser encorajada a manifestar sua aceitação e apoio para com os novos crentes, cumprimentando-os após o encerramento. Pessoas treinadas devem dar mais algumas orientações ligeiras e marcar o próximo encontro iniciando o processo de acompanhamento. O próximo estudo apresentará mais informações sobre este assunto.

 

O. A CONSOLIDAÇÃO FEITA NA CÉLULA

 

“…foram batizados os que de bom grado receberam a Sua palavra”

(Atos 2.41)

É muito difícil integrar na família quem não nasceu ainda. Um casal estava esperando um nenê. Fizeram os exames médicos que revelaram até o sexo do feto esperado, menino. O casal escolheu o nome, fez todos os preparativos. O casal brincou falando do filho como se já fizesse parte da família. Mas mesmo com toda essa atitude de boa aceitação, o filho não podia ser integrado na família antes de nascer.

Da mesma sorte não pode ser integrado na família de Deus quem não nasceu de novo. Num estudo feito em 1986, um conferencista citou alguns dos motivos pelos quais algumas igrejas estão morrendo. Entre alguns dos motivos se encontra…

a pretensão de trazer os homens à igreja antes de lhes falar de Cristo; a pregação de um evangelho barato, antropocêntrico e deslembrado da soberania e senhorio de Cristo…”.

O alvo da evangelização é fazer discípulos. Muitas pessoas, pela nossa experiência, não são ganhas para Cristo na igreja, mas no ambiente da célula. Muitos, quando vão à igreja pela primeira vez, já foram três, quatro ou mais vezes na reunião da célula, grupos de evangelismo ou qualquer outro evento promovido pelos irmãos.

Assim quando alguém se converte na célula, podemos e devemos começar a consolidá-lo ali mesmo. Os irmãos que trabalham no Acolhimento e na Consolidação da igreja, com a toda a experiência que já acumulam dos cultos de celebração, podem fazer isso muito bem. Mas não só eles. Todos os membros da célula devem estar aptos a realizar essa tarefa, em todo e qualquer lugar.

O alvo desta fase da evangelização, consolidação, é o crescimento ou o desenvolvimento dos discípulos. Por isso consolidação firme é baseada em evangelização firme. Se a pessoa foi à célula, é porque o processo de evangelização já está surtindo efeito.

 

 

P. PASSOS FUNDAMENTAIS PARA A CONSOLIDAÇÃO NA CÉLULA

 

v  Iniciar o apelo com amor e cuidado, sem insistir muito com as pessoas, deixando-as à vontade, mas apontando claramente a importância de tomar uma séria decisão por Cristo;

v  Lembrar-se que muitos estão tendo o primeiro contato com o Evangelho, e nós queremos que elas voltem, por isso o apelo na célula não pode ser feito com todos os ingredientes com que é feito na igreja, nem demorado, nem direto demais: “Você, Maria das Dores, não quer entregar sua vida a Jesus agora?” A não ser que o líder tenha uma profunda convicção do Espírito Santo que deve fazer desse jeito;

v  Aconselhar a pessoa nos mesmos moldes da consolidação feita na igreja, explicando-lhe os passos essenciais da decisão de seguir a Cristo e de como caminhar Nele daqui para frente;

v  Fazer a pessoa repetir a oração de confissão de aceitar Cristo como seu Senhor e Salvador;

v  Os demais membros da célula devem abraçar e felicitar o novo decidido pela escolha feita de seguir a Jesus;

v  Anotar dados como endereço, telefone, melhor horário para encontrá-lo em casa, etc.;

v  Convidar o novo decidido a ir para a igreja na próxima reunião de celebração e, quando ele for, o conselheiro que o ajudou na célula, ou o líder da célula, deve sentar-se perto dele no culto, e levá-lo a confirmar publicamente a decisão já feita na célula;

v  De preferência, o conselheiro deve se oferecer para ir junto com o novo decidido para a igreja, seja no carro de qualquer um deles, seja de ônibus, metrô, a pé, etc. – como for mais conveniente, dependendo da região onde moram;

v  Não tem problema se o novo decidido passar de novo pela orientação feita na consolidação da igreja; ele ou a pessoa que o acompanhar deve explicar que ele já tem uma célula: assim ele não será “pescado” por outras células.

Obs.: Esses mesmos passos servem para pessoas ganhas no

evangelismo pessoal, no local de trabalho ou estudo, etc..

Uma consideração sobre “SOBRE CONSELHEIROS E CONSOLIDAÇÃO”

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