Introdução: Queridos irmãos e irmãs em Cristo, hoje vamos refletir sobre a parábola da ovelha perdida e a alegria do pastor ao encontrá-la, à luz da Palavra de Deus. Essa parábola, contada por Jesus em Lucas 15:3-7, nos ensina sobre o amor e a misericórdia de Deus para conosco, e sobre a importância de nos arrependermos e voltarmos para Ele quando nos desviamos do caminho.
1º ponto: A ovelha perdida Em Isaías 53:6, lemos: “Todos nós, tal como ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho”. Essa passagem nos mostra que a ovelha perdida da parábola representa cada um de nós, que muitas vezes nos desviamos do caminho de Deus e seguimos nossos próprios interesses e desejos. Essa atitude nos coloca em perigo, assim como a ovelha que se perdeu do rebanho.
2º ponto: A busca do pastor Em Ezequiel 34:11-12, lemos: “Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei. Como o pastor busca o seu rebanho no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; livrá-las-ei de todos os lugares para onde foram espalhadas no dia de nuvens e de escuridão”. Essa passagem nos mostra que Deus é como o pastor da parábola, que busca incansavelmente a ovelha perdida. Ele nos ama e se preocupa conosco, e está sempre disposto a nos resgatar quando nos desviamos do caminho.
3º ponto: A alegria do reencontro Em Lucas 15:7, Jesus diz: “Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. Essa passagem nos mostra que a alegria do reencontro com Deus é tão grande que ultrapassa qualquer outra alegria que possamos experimentar em nossas vidas. Quando nos arrependemos e voltamos para Deus, Ele nos recebe de braços abertos e nos enche de alegria e paz.
Conclusão: Queridos irmãos e irmãs, a parábola da ovelha perdida e a alegria do reencontro nos ensinam sobre o amor e a misericórdia de Deus, que está sempre pronto a nos resgatar quando nos desviamos do caminho. Que possamos aprender com essa parábola a buscar a Deus em nossas vidas, a nos arrependermos de nossos pecados e erros, e a experimentarmos a alegria do reencontro com o nosso Pai celestial. Que essa alegria possa nos motivar a seguir firmes no caminho da fé, com a certeza de que Deus nunca nos abandona e sempre nos busca quando nos perdemos. Amém!
O Cristianismo superficial, que não envolve conversão e arrependimento, é uma das principais críticas apontadas por diversos autores clássicos da teologia cristã. Neste texto, abordaremos três verdades sobre o tema, com citações de autores clássicos e bibliografias para embasar e enriquecer a discussão.
A conversão é essencial para a vivência da fé cristã.
A conversão é um dos pilares fundamentais da fé cristã, e sem ela, a vivência da fé torna-se superficial e vazia. Como argumenta o teólogo britânico John Stott, em sua obra “O discípulo radical”, a conversão é um processo de transformação radical da vida, que envolve a mudança de prioridades, valores e comportamentos. Stott destaca que a conversão não é apenas uma decisão intelectual, mas uma escolha que envolve todo o ser humano, e que resulta em uma vida de obediência e serviço a Deus.
Outro autor que enfatiza a importância da conversão é o teólogo americano A.W. Tozer. Em sua obra “A Busca Infinita de Deus”, Tozer argumenta que a conversão é um processo contínuo de aproximação a Deus, que envolve a renúncia ao egoísmo e ao pecado, e a busca pela santidade e pela justiça. Para Tozer, a conversão não é um evento isolado, mas um caminho de busca constante pela vontade de Deus em nossas vidas.
O arrependimento é um elemento central da fé cristã.
O arrependimento é outro elemento fundamental da fé cristã, que envolve o reconhecimento do pecado e a busca pela reconciliação com Deus. Como argumenta o teólogo holandês Herman Bavinck, em sua obra “Teologia Sistemática”, o arrependimento é um elemento essencial da graça de Deus, que nos permite experimentar a renovação e a transformação em nossas vidas. Bavinck destaca que o arrependimento não é uma atitude de auto-condenação, mas uma escolha de mudança de vida que nos permite viver em harmonia com Deus e com o próximo.
Outro autor que enfatiza a importância do arrependimento é o teólogo americano Dietrich Bonhoeffer. Em sua obra “Discipulado”, Bonhoeffer argumenta que o arrependimento é um processo contínuo de renúncia ao egoísmo e à autossuficiência, e de busca pela graça e pela misericórdia de Deus. Bonhoeffer destaca que o arrependimento não é uma atitude passiva, mas uma escolha ativa de renovação e transformação em nossas vidas.
Dietrich Bonhoeffer foi um teólogo e pastor luterano alemão, nascido em 1906 e falecido em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial. Ele ficou conhecido por sua oposição ao regime nazista e por sua participação na conspiração para assassinar Adolf Hitler.
Além de sua atuação política, Bonhoeffer é reconhecido como um dos mais importantes teólogos cristãos do século XX. Ele é autor de diversas obras, entre as quais se destacam “Discipulado”, “Vida em Comunhão”, “Ética” e “Cartas e Papéis da Prisão”.
Na sua teologia, Bonhoeffer enfatizava a importância da ação prática e do compromisso com a justiça e a paz. Ele argumentava que a fé cristã não pode ser reduzida a uma mera formalidade, mas deve ser vivida de forma concreta e comprometida com a transformação do mundo.
Bonhoeffer também enfatizava a importância do arrependimento e da conversão como elementos fundamentais da fé cristã. Ele argumentava que o arrependimento não é uma atitude passiva, mas uma escolha ativa de renovação e transformação em nossas vidas, que nos permite experimentar a graça e a misericórdia de Deus.
Além disso, Bonhoeffer defendia a importância da comunidade cristã como um espaço de apoio e encorajamento mútuo. Ele argumentava que a vida cristã não pode ser vivida isoladamente, mas deve ser vivida em comunidade, em um contexto de amor e solidariedade.
Bonhoeffer faleceu aos 39 anos de idade, após ser preso e executado pelos nazistas. Sua obra teológica e seu exemplo de coragem e compromisso com a justiça e a paz continuam inspirando cristãos ao redor do mundo até os dias de hoje.
A falta de conversão e arrependimento leva ao Cristianismo superficial.
A falta de conversão e arrependimento é um dos principais fatores que levam ao Cristianismo superficial, que se preocupa mais com as aparências do que com a transformação interior. Como argumenta o teólogo americano J.I. Packer, em sua obra “Conhecimento de Deus”, a falta de conversão e arrependimento leva à superficialidade e à falta de compromisso com a vontade de Deus em nossas vidas. Packer destaca que a conversão e o arrependimento são escolhas fundamentais que determinam a direção de nossas vidas, e que sem eles, a fé cristã torna-se uma mera formalidade.
Outro autor que enfatiza a importância da conversão e arrependimento é o teólogo francês Jacques Ellul. Em sua obra “A Subversão do Cristianismo”, Ellul argumenta que a falta de conversão e arrependimento leva à conformidade com as estruturas de poder e injustiça do mundo, em vez de promover a transformação e a justiça. Ellul destaca que a conversão e o arrependimento são escolhas fundamentais que nos permitem ser agentes de mudança e transformação no mundo.
Referências bibliográficas:
STOTT, John. O discípulo radical. São Paulo: ABU Editora, 2013.
TOZER, A.W. A Busca Infinita de Deus. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2011.
BAVINCK, Herman. Teologia Sistemática. São Paulo: Cultura Cristã, 2001.
A teologia reformada tem uma visão clara sobre a mensagem do evangelho e a prática da fé cristã. Nessa perspectiva, o câncer do cristianismo moderno se refere às distorções e desvios que têm ocorrido na prática da fé, muitas vezes em nome de interesses políticos ou econômicos.
Uma das principais críticas da teologia reformada ao cristianismo moderno é a sua associação com o poder e o dinheiro. Segundo o teólogo holandês Abraham Kuyper, a religião cristã deve ser uma força transformadora na sociedade, mas isso só é possível se ela se mantiver independente do poder político e econômico. Kuyper argumenta que a igreja deve ser um espaço de liberdade e autonomia, em vez de ser controlada por interesses externos.
Outro autor que discute o câncer do cristianismo moderno na perspectiva da teologia reformada é o teólogo americano John Piper. Em sua obra “Alegrem-se os Povos”, Piper argumenta que a igreja deve ser um lugar de adoração e serviço, em vez de ser um lugar de busca pelo sucesso e pelo poder. Piper critica a forma como a religião tem sido utilizada para justificar a prosperidade material, em vez de promover a justiça e a generosidade.
Além disso, o câncer do cristianismo moderno também se manifesta na forma como a religião tem sido utilizada para justificar a intolerância e a exclusão. Nessa perspectiva, a teologia reformada tem enfatizado a importância da graça e do amor de Deus como elementos fundamentais da mensagem do evangelho. Como argumenta o teólogo americano Timothy Keller, em seu livro “A razão de Deus”, a graça de Deus é a base da salvação, e ela deve ser estendida a todos os seres humanos, independentemente de sua condição social, étnica ou religiosa.
Diante dessas críticas, é necessário que a igreja reformada se mantenha fiel à mensagem do evangelho e promova os valores de amor, justiça e generosidade que são centrais para a teologia reformada. Como argumenta o teólogo americano Richard Mouw, em sua obra “Uncommon Decency”, a igreja deve ser um espaço de diálogo e respeito mútuo, que promova a reconciliação e a paz em meio à diversidade.
Referências bibliográficas:
KUYPER, Abraham. Sobre a Igreja. São Paulo: Cultura Cristã, 2008.
PIPER, John. Alegrem-se os Povos. São Paulo: Vida Nova, 2011.
KELLER, Timothy. A razão de Deus. São Paulo: Vida Nova, 2008.
Ao estudar o contexto da Oração do Pai Nosso em Mateus 6:9-13, é importante considerar o público-alvo para quem Jesus estava falando. Segundo o comentarista Russell Norman Champlin, Jesus estava se dirigindo aos seus discípulos, mas também havia uma multidão presente, o que significa que sua mensagem era para todos os que o ouviam. Champlin destaca que, embora a oração do Pai Nosso seja comumente associada à igreja, na verdade, ela foi dada a uma audiência muito mais ampla do que apenas os crentes (Champlin, 1988).
Além disso, o contexto mais amplo do capítulo 5 de Mateus, no qual a Oração do Pai Nosso está inserida, é o Sermão da Montanha, que é considerado uma das mais importantes pregações de Jesus. Michael Horton, em seu livro “The Gospel-Driven Life: Being Good News People in a Bad News World”, destaca que o Sermão da Montanha apresenta uma visão da vida e do reino de Deus que é completamente contrária aos valores do mundo. Horton afirma que Jesus estava chamando as pessoas para abandonar seus esquemas de valores terrenos e abraçar uma perspectiva completamente nova, baseada na graça e na vontade de Deus (Horton, 2009).
Dessa forma, podemos entender que, ao ensinar a Oração do Pai Nosso, Jesus estava convidando seus ouvintes a se aproximarem de Deus de uma forma completamente diferente daquela que eles estavam acostumados. Ele estava apresentando a eles uma nova maneira de se relacionar com Deus, baseada na fé, na confiança e no reconhecimento da soberania divina. Nesse sentido, a Oração do Pai Nosso é uma expressão da nova vida em Cristo, uma vida que é marcada pela comunhão íntima com Deus e pela dependência dele.
Referências:
Champlin, R. N. (1988). O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo: Mateus. Hagnos.
Horton, M. (2009). The Gospel-Driven Life: Being Good News People in a Bad News World. Baker Books.
Servir na igreja é uma das formas mais significativas de viver a vida cristã e de contribuir para a obra de Deus no mundo. Jesus Cristo é o exemplo supremo de serviço e amor ao próximo, e os autores Gene Getz e Bill Hybels enfatizam a importância de seguir o exemplo de Cristo no serviço cristão.
Cristo, em Seu ministério terreno, exemplificou o serviço cristão de diversas maneiras. Em Mateus 20:28, Ele disse: “Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos”. Jesus serviu a todos, sem distinção de raça, gênero ou classe social, e chamou Seus discípulos a fazer o mesmo. Em João 13:14-15, Ele disse: “Se Eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também.”
Gene Getz, em seu livro “A Medida de Um Homem”, destaca a importância de cada membro da igreja encontrar seu lugar no ministério e de servir de acordo com seus dons e habilidades. Ele escreve: “Deus nos criou com talentos e habilidades específicos, e Ele espera que usemos esses dons em Seu serviço. Não importa quão pequenos ou insignificantes possam parecer nossos talentos aos olhos do mundo, Deus os valoriza e espera que os utilizemos para Sua glória.”
Getz enfatiza que o serviço cristão é uma forma de imitar a Cristo e de ser uma bênção para os outros. Ele destaca que o serviço deve ser feito com humildade e dedicação, sem buscar reconhecimento ou recompensa pessoal. Para ele, servir na igreja é uma forma de crescer na fé e de se tornar mais semelhante a Cristo.
Bill Hybels, em seu livro “Coragem Para Liderar”, destaca a importância de desenvolver uma cultura de servidão na igreja local. Ele escreve: “O serviço cristão é a marca registrada da igreja de Jesus Cristo. Quando os membros da igreja servem uns aos outros com amor e dedicação, eles demonstram o amor de Cristo ao mundo e glorificam a Deus.”
Hybels enfatiza que a liderança cristã deve ser baseada no exemplo de Cristo, que lavou os pés de Seus discípulos e serviu a todos com humildade e amor. Ele destaca que a igreja deve ser uma comunidade de servos, em que todos os membros se esforçam para servir e edificar uns aos outros.
Em todos os casos, fica claro que o serviço na igreja é uma forma essencial de viver a vida cristã e de contribuir para a obra de Deus no mundo. Quando seguimos o exemplo de Cristo e servimos com humildade e amor, a igreja se torna uma luz para o mundo e um testemunho vivo do amor de Deus.
Bibliografia:
Getz, Gene. A Medida de Um Homem. Editora Vida, 2006.
Hybels, Bill. Coragem Para Liderar. Editora Vida, 2013.
Timothy Keller escreve em seu livro “Caminhando com Deus em meio à dor e ao sofrimento” que “confiar em Deus não significa que tudo vai dar certo, mas sim que tudo tem um propósito”.
Quando colocamos nossa confiança em Deus, podemos enfrentar cada desafio com coragem e perseverança, sabendo que Ele está conosco e que tem um propósito para cada situação em nossa vida.
O Calvinismo é uma tradição teológica dentro do Cristianismo Protestante que se baseia nas ideias do reformador do século XVI, João Calvino. Uma das características mais distintivas do Calvinismo é a sua crença na soberania de Deus em todas as coisas. Essa doutrina é geralmente resumida em cinco pontos, conhecidos como os “Cinco Pontos do Calvinismo”. Neste texto, discutiremos cada um desses pontos com citações de Tim Keller, John Piper, Hernandes Dias Lopes e outros teólogos reformados contemporâneos.
DEPRAVAÇÃO TOTAL
O primeiro ponto do calvinismo é a doutrina da depravação total, que ensina que todos os seres humanos estão espiritualmente mortos em seus pecados e incapazes de se aproximar de Deus por conta própria. Abaixo estão alguns textos bíblicos que apoiam essa doutrina:
Romanos 3:23 – “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.”
Efésios 2:1-3 – “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais.”
Romanos 8:7-8 – “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem mesmo o pode ser; e os que estão na carne não podem agradar a Deus.”
João 6:44 – “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.”
João 8:34 – “Jesus respondeu: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado.”
Esses textos bíblicos mostram que todos os seres humanos são pecadores e incapazes de se aproximar de Deus por conta própria. A salvação só é possível através da obra de Deus em nossas vidas.
O primeiro ponto do Calvinismo é a Depravação Total. Isso significa que a humanidade está espiritualmente morta e incapaz de escolher o bem ou de se aproximar de Deus por conta própria. Tim Keller, em seu livro “O Deus Pródigo”, descreve a depravação total como “a ideia de que a queda do homem em Adão foi total e que não há nada que o homem não possa fazer por si mesmo para se aproximar de Deus” (Keller, 2008, p. 101). Hernandes Dias Lopes, em seu livro “O Deus que intervém”, concorda, afirmando que “o pecado é um câncer moral que corrompeu todo o ser humano. Nenhum homem tem a capacidade de se salvar por seus próprios esforços” (Lopes, 2015, p. 52).
A depravação total, que afirma que a natureza humana está completamente corrompida pelo pecado e incapaz de se salvar por seus próprios méritos. Tim Keller, em seu livro “A Razão de Deus”, explica que a depravação total significa que “nós somos tão depravados que não podemos sequer começar a buscar a Deus sem que ele nos alcance primeiro”. Hernandes Dias Lopes também enfatiza a necessidade de salvação em sua obra “O Evangelho Segundo João – Luz Para a Vida”, dizendo que “o homem caído precisa ser resgatado da condição de trevas e morte em que se encontra”.
A depravação Total, afirma que todos os seres humanos nascem em pecado e são incapazes de se salvar por seus próprios méritos. Apenas a graça de Deus pode nos salvar. Tim Keller, pastor presbiteriano e autor de “A Razão da Fé”, explica:
“Depravação Total significa que, devido ao pecado, todas as partes da pessoa – corpo, mente, vontade, emoções – estão corrompidas pela rebelião contra Deus. Todos estão mortos em seus delitos e pecados e estão inativos para fazer qualquer coisa que agrade a Deus.” (Keller, 2013, p. 105)
2-ELEIÇÃO INCONDICIONAL
O segundo ponto do calvinismo é a doutrina da eleição incondicional, que ensina que Deus escolheu, antes da fundação do mundo, aqueles que seriam salvos, independentemente de qualquer mérito ou ação por parte dessas pessoas. Abaixo estão alguns textos bíblicos que apoiam essa doutrina:
Efésios 1:4-5 – “Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade.”
Romanos 9:11-13 – “Pois, não tendo eles ainda nascido, nem tendo praticado bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, permanecesse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi dito a ela: O maior servirá ao menor; como está escrito: Amei a Jacó, porém odiei a Esaú.”
João 15:16 – “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.”
Atos 13:48 – “Os gentios, ouvindo isto, alegravam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos quantos haviam sido destinados para a vida eterna.”
Romanos 8:28-30 – “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”
Esses textos bíblicos mostram que Deus escolheu aqueles que seriam salvos antes da fundação do mundo, e essa escolha não se baseia em qualquer mérito humano, mas sim em sua própria vontade e propósito. A eleição incondicional é um tema importante no calvinismo e é fundamentada na crença na soberania de Deus.
O segundo ponto do Calvinismo é a Eleição Incondicional. Isso significa que Deus escolheu, antes da fundação do mundo, quem seria salvo e quem não seria, independentemente de qualquer mérito humano. John Piper, em seu livro “Cinco Pontos”, explica que “a eleição é a escolha soberana de Deus de algumas pessoas para serem salvas, não por causa de qualquer mérito próprio delas, mas simplesmente por sua graça e misericórdia” (Piper, 2013, p. 43). Já o teólogo reformado contemporâneo R. C. Sproul afirma que “a eleição é incondicional, não porque não há condições para serem eleitos, mas porque as condições para a eleição não estão em nós, mas em Deus” (Sproul, 1997, p. 63).
A eleição Incondicional, nos ensina que Deus escolheu, desde antes da fundação do mundo, aqueles que seriam salvos, independentemente de qualquer mérito ou escolha humana. John Piper, pastor batista e autor de “Deus é o Evangelho”, explica:
“Deus escolheu alguns para a vida eterna e outros para a condenação. Ele escolheu aqueles que seriam salvos não porque visse em algum deles alguma qualidade ou mérito que os tornasse mais dignos do que os outros, mas simplesmente por sua própria graça e misericórdia.” (Piper, 2005, p. 56)
3-EXPIAÇÃO LIMITADA
O terceiro ponto do calvinismo é a doutrina da expiação limitada, que ensina que a morte de Cristo na cruz foi uma expiação pelos pecados apenas dos eleitos, e não de toda a humanidade. Abaixo estão alguns textos bíblicos que apoiam essa doutrina:
João 10:11 – “Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.”
João 17:9 – “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.”
Efésios 5:25-27 – “Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.”
Romanos 8:32-34 – “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.”
2 Coríntios 5:21 – “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”
Esses textos bíblicos mostram que a morte de Cristo na cruz foi uma expiação pelos pecados apenas dos eleitos, aqueles que foram escolhidos por Deus para a salvação. Isso não significa que o sacrifício de Cristo não seja suficiente para salvar toda a humanidade, mas sim que sua obra foi especificamente destinada aos eleitos. Essa doutrina enfatiza a soberania de Deus na salvação.
O terceiro ponto do Calvinismo é a Expiação Limitada. Isso significa que a morte de Cristo na cruz foi para salvar apenas aqueles que foram eleitos por Deus, e não para toda a humanidade. Hernandes Dias Lopes explica que “a obra de Cristo na cruz foi suficiente para salvar todos os homens, mas eficaz somente para aqueles que creem” (Lopes, 2015, p. 105). Já o teólogo reformado contemporâneo John MacArthur afirma que “a expiação limitada é o ensinamento de que Cristo morreu por um número específico de pessoas, aqueles que Deus escolheu antes da fundação do mundo para serem seus filhos adotivos” (MacArthur, 2011, p. 118).
A Expiação Limitada, que afirma que a morte de Jesus na cruz foi suficiente para salvar apenas aqueles que foram eleitos por Deus. Hernandes Dias Lopes, pastor presbiteriano e autor de “A Glória da Graça”, explica:
“Deus não deseja a morte dos ímpios, mas sim que se convertam e vivam (Ez 33.11). Mas Cristo não morreu por todos os homens sem exceção, de modo que a morte de Cristo não se tornou ineficaz em nenhum caso. Ele morreu pelos seus eleitos, para garantir a salvação deles.” (Lopes, 2013, p. 96)
4-GRAÇA IRRESISTÍVEL
O quarto ponto do calvinismo é a doutrina da graça irresistível, que ensina que aqueles que são escolhidos por Deus para a salvação são irresistivelmente atraídos por ele e, portanto, não podem resistir à sua graça. Abaixo estão alguns textos bíblicos que apoiam essa doutrina:
João 6:44 – “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.”
Efésios 2:8-9 – “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.”
Romanos 8:30 – “E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”
2 Timóteo 1:9 – “Que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos.”
Filipenses 2:13 – “Pois Deus é quem produz em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”
Esses textos bíblicos mostram que Deus é o agente principal na salvação e que ele atrai irresistivelmente aqueles que são escolhidos por ele para a salvação. Isso não significa que a pessoa não tenha escolha ou livre-arbítrio, mas sim que Deus é quem dá a vontade e a capacidade de crer nele. A doutrina da graça irresistível enfatiza a soberania de Deus na salvação e a completa dependência do homem de sua graça.
O quarto ponto do Calvinismo é a Graça Irresistível. Isso significa que, quando Deus escolhe alguém. A Graça Irresistível, nos ensina que aqueles que foram eleitos por Deus serão irresistivelmente atraídos por ele e receberão sua graça, mesmo que inicialmente resistam a ela. John Piper explica:
“A Graça Irresistível significa que, quando Deus escolhe alguém para a salvação, Ele o atrai irresistivelmente para si mesmo. Essa pessoa pode resistir por algum tempo, mas, finalmente, a graça de Deus triunfa sobre sua resistência e ele se entrega a Cristo.” (Piper, 2005, p. 74)
5-PERSEVERANÇA DOS SANTOS
O quinto ponto do calvinismo é a doutrina da perseverança dos santos, que ensina que aqueles que são verdadeiramente salvos pela graça de Deus serão guardados e preservados por ele até o fim. Abaixo estão alguns textos bíblicos que apoiam essa doutrina:
João 10:27-29 – “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai.”
Romanos 8:38-39 – “Porque estou persuadido de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”
Filipenses 1:6 – “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.”
1 Pedro 1:3-5 – “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.”
Judas 1:24-25 – “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!”
Esses textos bíblicos mostram que a salvação é um ato de Deus que garante a preservação eterna daqueles que foram salvos por ele. Isso não significa que a pessoa pode viver em pecado sem arrependimento, mas sim que aqueles que são verdadeiramente salvos serão guardados por Deus e perseverarão na fé até o fim. A doutrina da perseverança dos santos enfatiza a fidelidade de Deus em guardar aqueles que são seus e a segurança eterna da salvação.
O quinto e último ponto do Calvinismo é a Perseverança dos Santos, que ensina que aqueles que foram eleitos por Deus e receberam sua graça serão guardados por ele até o fim, perseverando na fé e na obediência. Isso não significa que os eleitos nunca pecarão ou se desviarão, mas que Deus os capacitará a continuar crendo e confiando nele.
John Piper, em seu livro “O Legado da Reforma”, explica:
“A Perseverança dos Santos significa que Deus preserva aqueles que foram eleitos para a salvação, garantindo que eles não sejam perdidos. Deus mantém seus eleitos firmes na fé, capacitando-os a perseverar até o fim. Isso não significa que os eleitos não possam cair em pecado ou se afastar de Deus por algum tempo, mas que eles nunca cairão completamente ou serão abandonados por Deus.” (Piper, 2017, p. 49)
Hernandes Dias Lopes também explica que a perseverança dos santos é uma obra da graça de Deus:
“Aqueles que foram eleitos para a salvação são guardados pela graça de Deus até o fim. A perseverança é uma obra da graça, não da vontade humana. Deus garante que seus eleitos nunca sejam deixados sozinhos, mas que sempre recebam a ajuda e a força necessárias para perseverar.” (Lopes, 2013, p. 124)
Alguns teólogos reformados contemporâneos também enfatizam a importância da perseverança dos santos na vida cristã. Por exemplo, Michael Horton, em seu livro “Pilares da Fé Reformada”, afirma:
“A perseverança dos santos é um elemento vital da vida cristã. Ela nos lembra que a salvação não é um evento único, mas um processo contínuo que exige esforço e perseverança. Aqueles que foram eleitos para a salvação devem se esforçar para crescer na fé e na obediência, confiando sempre na graça de Deus para ajudá-los.” (Horton, 2011, p. 190)
Em resumo, a perseverança dos santos é uma doutrina central do Calvinismo que ensina que Deus capacita os eleitos a perseverarem na fé e na obediência até o fim. Isso é uma obra da graça de Deus, e não da vontade humana, e é vital para a vida cristã.
Referência Bibliográfica
Bíblia Sagrada, edição revista e atualizada, tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Editora Vida, 1993.
Sproul, R. C. Escolhidos por Deus. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2002.
Boice, James Montgomery. As Doutrinas da Graça: Redescobrindo o Evangelho. São José dos Campos: Fiel, 2008.
Piper, John. O Supremo Propósito de Deus: Predestinação. São José dos Campos: Fiel, 2011.
MacArthur, John. Eleitos de Deus. São Paulo: Editora Fiel, 2011. p. 118.
Lopes, Hernandes Dias. Doutrinas Essenciais da Fé Cristã. São Paulo: Editora Hagnos, 2013. p. 96.
Piper, John. Cinco Pontos: Fundamentos da Teologia Reformada. São José dos Campos: Fiel, 2009. p. 74.
Keller, Timothy. A Glória da Graça. São Paulo: Vida Nova, 2012. p. 175.
Piper, John. O Legado da Reforma. São Paulo: Editora Fiel, 2017.
Lopes, Hernandes Dias. Doutrinas Essenciais da Fé Cristã. São Paulo: Editora Hagnos, 2013.
Horton, Michael. Pilares da Fé Reformada. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2011.
A liderança é um tema de grande importância para o mundo contemporâneo, e tem sido estudado por diversos autores reformados contemporâneos, que oferecem insights valiosos sobre como liderar com sabedoria e excelência. Um desses autores é Augusto Cury, autor do livro “Inteligência Humilhada”, que aborda a importância de desenvolver a inteligência emocional e a humildade para liderar com sucesso.
Cury argumenta que a liderança não se trata apenas de tomar decisões e comandar os outros, mas de ser capaz de gerenciar as próprias emoções e influenciar positivamente as emoções dos outros. Para ele, a humildade é essencial para se tornar um líder eficaz, pois permite que a pessoa reconheça suas próprias limitações e aprenda com os outros. Além disso, Cury destaca a importância de desenvolver a inteligência emocional, que envolve a capacidade de controlar as próprias emoções e entender as emoções dos outros.
O livro “Inteligência Humilhada” de Augusto Cury é um guia prático para o desenvolvimento da inteligência emocional e da humildade, duas habilidades essenciais para se tornar um líder eficaz. Cury argumenta que a humildade é a chave para a liderança bem-sucedida, pois permite que o líder reconheça suas próprias limitações e aprenda com os outros.
Cury apresenta diversas estratégias para desenvolver a humildade, incluindo a prática da autoanálise e o cultivo de um diálogo interno saudável. Ele também enfatiza a importância de controlar as próprias emoções e de entender as emoções dos outros, desenvolvendo assim a inteligência emocional.
Além disso, Cury destaca a importância de construir relações saudáveis e de manter uma comunicação eficaz com os outros. Ele argumenta que a humildade e a inteligência emocional são essenciais para estabelecer relações de confiança e respeito mútuo, fundamentais para a liderança bem-sucedida.
Ao longo do livro, Cury apresenta exemplos práticos de como a humildade e a inteligência emocional podem ser aplicadas em diferentes contextos, desde o ambiente de trabalho até a vida pessoal. Ele também oferece exercícios práticos para ajudar os leitores a desenvolver essas habilidades.
Uma das principais contribuições do livro “Inteligência Humilhada” é o fato de que ele oferece uma abordagem prática e acessível para o desenvolvimento da liderança. Enquanto muitos livros sobre liderança tendem a ser teóricos e abstratos, Cury apresenta estratégias concretas que os leitores podem aplicar em suas próprias vidas.
Em conclusão, “Inteligência Humilhada” é um livro valioso para qualquer pessoa que deseja se tornar um líder mais eficaz, desenvolvendo a humildade e a inteligência emocional. Com sua abordagem prática e acessível, o livro oferece insights valiosos e estratégias concretas que podem ser aplicadas em diversos contextos.
Outro autor reformado contemporâneo que aborda o tema da liderança é John C. Maxwell, autor de diversos livros sobre o assunto, como “As 21 irrefutáveis leis da liderança”. Maxwell defende que a liderança não é algo que se nasce sabendo, mas sim algo que pode ser aprendido e desenvolvido por qualquer pessoa. Para ele, a liderança envolve habilidades como comunicação, visão estratégica e capacidade de influenciar os outros.
Outro autor importante é Tim Keller, autor de “Os homens sábios: Como construir uma liderança forte”, que oferece uma visão cristã sobre o tema da liderança. Keller argumenta que a liderança eficaz começa com uma visão clara e um propósito forte, que guiam todas as decisões e ações do líder. Ele também destaca a importância de se comunicar de forma clara e transparente, e de cultivar relacionamentos baseados em confiança e respeito mútuo.
Tim Keller é um pastor, escritor e teólogo americano conhecido por sua abordagem criativa e contemporânea da fé cristã. Ele é o autor de vários livros, incluindo “A Sabedoria de Deus para Tempos Difíceis” e “A Cruz do Rei”.
Em sua obra, Keller enfatiza a importância da liderança humilde e servidora, em contraste com a liderança autoritária e controladora. Ele argumenta que a liderança humilde é essencial para construir relacionamentos saudáveis e produtivos, tanto no âmbito pessoal quanto profissional.
Para Keller, a liderança humilde envolve reconhecer as próprias limitações e estar disposto a aprender com os outros. Isso exige uma abertura para feedback e crítica construtiva, bem como a disposição para admitir erros e corrigi-los.
Além disso, Keller destaca a importância de cultivar uma visão de mundo centrada no bem comum, em vez de buscar apenas o sucesso pessoal. Ele argumenta que a liderança eficaz deve estar comprometida com o serviço aos outros e a promoção do bem-estar geral da comunidade.
Por fim, Keller enfatiza a importância da ética e dos valores na liderança. Ele argumenta que a liderança deve ser baseada em princípios sólidos, como a honestidade, a justiça e a compaixão, e que os líderes devem ser exemplos desses valores em suas próprias vidas.
Em resumo, a abordagem de Keller para a liderança enfatiza a importância da humildade, do serviço aos outros, da ética e dos valores. Esses princípios são fundamentais para construir relacionamentos saudáveis e produtivos e alcançar o sucesso a longo prazo.
Em conclusão, os autores reformados contemporâneos oferecem insights valiosos sobre liderança, destacando a importância de desenvolver a inteligência emocional, cultivar a humildade e adquirir habilidades como comunicação e influência. O livro “Inteligência Humilhada” de Augusto Cury, em particular, é uma leitura recomendada para todos que desejam liderar com sabedoria e excelência.
O Manual Pastoral de Discipulado, escrito por Richard Baxter, é uma obra clássica que aborda o tema do discipulado cristão e oferece orientações práticas para pastores e líderes que desejam ajudar seus discípulos a crescerem espiritualmente. Em seu livro, Baxter enfatiza a importância da formação de discípulos para a vida cristã e oferece conselhos práticos sobre como realizar esse processo.
Um dos principais pontos abordados no Manual Pastoral de Discipulado é a importância da disciplina e da santidade na vida do discípulo. Baxter afirma que “é impossível que um homem seja um discípulo fiel e piedoso de Cristo, a menos que seja uma pessoa disciplinada e que se esforce para se tornar mais santo a cada dia” (p. 24). Ele enfatiza a importância de uma disciplina rigorosa na vida cristã, que inclui oração, leitura da Bíblia, meditação e reflexão sobre a Palavra de Deus. Baxter também ressalta a importância da comunhão com outros cristãos, destacando que “os discípulos devem se reunir regularmente em grupos para orar, ler a Bíblia e compartilhar suas experiências com Deus” (p. 37).
Outro ponto importante abordado por Baxter é a necessidade de os líderes cristãos modelarem o comportamento que esperam de seus discípulos. Ele enfatiza que os pastores e líderes devem ser exemplos de humildade, amor e serviço, e não devem buscar a glória para si mesmos. Em suas palavras: “O líder deve se esforçar para ser um servo humilde e obediente, que está sempre disposto a servir e a cuidar de seus discípulos, sem buscar a glória para si mesmo” (p. 63).
Por fim, Baxter destaca a importância do amor como a essência do discipulado cristão. Ele afirma que “o amor é a força motriz do discipulado cristão. É o amor que nos leva a buscar a Deus e a servi-lo, e é o amor que nos leva a amar nossos irmãos e a ajudá-los em sua caminhada com Cristo” (p. 81). Ele enfatiza que os discípulos devem ser encorajados a desenvolver um amor sincero e desinteressado pelos outros, buscando sempre o bem-estar de seus irmãos em Cristo.
Aplicando esses princípios à nossa vida de servir e liderança, podemos aprender muito com as orientações de Baxter. Devemos nos esforçar para ser disciplinados em nossa vida espiritual, dedicando tempo para oração, leitura da Bíblia e meditação. Além disso, devemos buscar a comunhão com outros cristãos, compartilhando nossas experiências com Deus e encorajando uns aos outros em nossa caminhada com Cristo.
Também devemos ser exemplos de humildade e serviço, modelando o comportamento que esperamos de nossos discípulos. Devemos ser líderes que buscam o bem-estar de nossos discípulos, sem buscar a glória para nós mesmos. E, por fim, devemos cultivar um amor sincero.
Em relação ao nosso SERVIR, Baxter escreve: “Um líder deve estar sempre disposto a servir aos outros, colocando as necessidades dos outros acima de suas próprias”. Isso implica não apenas em dar conselhos e instruções, mas também em demonstrar amor e compaixão genuínos pelos outros. Baxter enfatiza que um verdadeiro líder deve estar disposto a sacrificar-se em benefício dos seus liderados, seguindo o exemplo de Cristo, que veio para servir e não ser servido.
Além disso, em relação à LIDERANÇA, Baxter destaca a importância de liderar pelo exemplo e não apenas pelas palavras. Ele escreve: “A maneira mais eficaz de influenciar os outros é através do exemplo pessoal. Um líder deve ser um modelo de integridade e virtude, inspirando outros a seguir seu exemplo”. Isso significa que um líder deve viver de acordo com os princípios que prega, sendo um exemplo vivo do que ensina. Somente assim, ele pode inspirar a confiança e o respeito de seus liderados.
Por fim, Baxter também destaca a importância da disciplina e da correção amorosa na formação de discípulos. Ele escreve: “Disciplina é um aspecto essencial do discipulado, pois ajuda a moldar o caráter dos discípulos e a promover a santidade. No entanto, essa disciplina deve ser exercida com amor e gentileza, nunca com ira ou autoritarismo”. Isso significa que um líder deve estar disposto a corrigir os erros de seus liderados, mas sempre com amor e sabedoria, buscando o bem-estar espiritual de cada um.
Em suma, o Manual Pastoral de Discipulado é um livro valioso para qualquer líder ou discipulador que deseja crescer em sua capacidade de servir e liderar. As lições de Baxter sobre o SERVIR, a LIDERANÇA e a disciplina amorosa podem ser aplicadas em todos os aspectos da vida cristã, ajudando-nos a sermos melhores discípulos e líderes, seguindo o exemplo de Cristo.
BAXTER, Richard. Manual Pastoral de Discipulado. São Paulo: Editora Vida, 2014.
Martyn Lloyd Jones foi um pregador e teólogo cristão galês do século XX, conhecido por suas pregações poderosas e profundas. Em seu livro “Studies in the Sermon on the Mount”, Jones oferece uma perspectiva rica e profunda sobre a oração do Pai Nosso.
A seguir, apresento três pontos importantes dessa perspectiva de Jones sobre a oração do Pai Nosso:
A oração do Pai Nosso é uma oração modelo para todos os cristãos.
Para Jones, a oração do Pai Nosso é uma oração modelo que Jesus ofereceu aos seus discípulos como uma forma de ensiná-los a orar. Ele argumenta que Jesus não queria que seus seguidores simplesmente repetissem as palavras dessa oração, mas sim que a usassem como um modelo para suas próprias orações.
Jones escreve: “Jesus nos deu a oração do Pai Nosso como um modelo para nossas próprias orações. Ele queria que aprendêssemos a orar não apenas com nossas palavras, mas com nossos corações, mentes e almas”.
2. A oração do Pai Nosso é uma oração centrada em Deus.
Outro ponto importante de Jones é que a oração do Pai Nosso é uma oração centrada em Deus, e não em nós mesmos. Ele argumenta que, ao orarmos o Pai Nosso, estamos reconhecendo a grandeza e a santidade de Deus, e nos submetendo à Sua vontade.
Jones escreve: “A oração do Pai Nosso é uma oração que reconhece a grandeza e a santidade de Deus. É uma oração que nos lembra que Deus é o centro de tudo, e que devemos nos submeter à Sua vontade”.
3. A oração do Pai Nosso é uma oração que nos ensina a confiar em Deus.
Por fim, Jones argumenta que a oração do Pai Nosso é uma oração que nos ensina a confiar em Deus em todas as circunstâncias da vida. Ele destaca a frase “o pão nosso de cada dia nos dai hoje” como uma expressão de nossa dependência diária de Deus.
Jones escreve: “A oração do Pai Nosso nos ensina a confiar em Deus em todas as circunstâncias da vida. Ela nos lembra que Deus é aquele que supre todas as nossas necessidades, e que devemos confiar Nele para suprir nossas necessidades diárias”.
Referência bibliográfica: Jones, Martyn Lloyd. Studies in the Sermon on the Mount. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1976.